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Com nova tecnologia, Oracle reforça a aposta em transformação digital

Companhia americana redesenha sua infraestrutura de data center para armazenar dados com mais segurança e tecnologia

Oracle: empresa anunciou uma nova infraestrutura para seus data centers no Brasil nesta quarta-feira (7) (foto/Getty Images)

Oracle: empresa anunciou uma nova infraestrutura para seus data centers no Brasil nesta quarta-feira (7) (foto/Getty Images)

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Rodrigo Loureiro

Publicado em 7 de agosto de 2019 às 11h59.

Última atualização em 7 de agosto de 2019 às 13h44.

São Paulo – De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o Brasil deve investir R$ 345,5 bilhões na transformação digital corporativa até 2022. E quem sai ganhando nessa história são as companhias por trás dessa mudança. Uma dessas, a Oracle. Conforme apurado com exclusividade pela Exame, a gigante americana no desenvolvimento de softwares está modernizando seu data center para abocanhar esse mercado.

Com previsão de ser anunciada nesta quarta-feira (7), a nova infraestrutura de data center deve começar a funcionar ainda em agosto. Chamada de Generation 2, a nuvem permite que empresas locais de diversos tamanhos possam aproveitar alguns serviços de computação em nuvem ofertados pela companhia, como o Cloud e o Autonomous Database. Além do Brasil, as novas tecnologias já estão disponíveis nos Estados Unidos e na Europa e devem chegar neste mês à Índia, Suíça e Austrália.

É importante deixar claro que não se trata de um novo data center, mas sim do aprimoramento do sistema. A renovação abraça tecnologias como inteligência artificial e machine learning com objetivo de transacionar dados de forma mais segura pelo ambiente digital. "O banco de dados é autônomo e consegue identificar potenciais falhas e ataques sozinho", afirma Marcos Pupo, vice-presidente sênior de tecnologia e inovação da Oracle para América Latina.

A segurança, aliás, foi um dos pontos mais explorados no desenvolvimento da infraestrutura. Segundo a companhia, os dados criptografados são armazenados de uma forma que nem mesmo a companhia pode obtê-los. "Não temos acesso. Mesmo que um governo nos peça os dados, não temos como cedê-los. Somente o cliente tem o controle dessas informações", diz Pupo.

Avaliada nesta quarta-feira em 178,3 bilhões de dólares, a desenvolvedora de Redwood, na Califórnia, não revela quanto está investindo na novidade. A expectativa é de que "dezenas de milhares de clientes" possam ser atendidos pela nova configuração de seus sistemas de armazenamento. Deste montante, pelo menos mil clientes brasileiros que já armazenam seus dados no exterior devem migrar para o Brasil.

Com mais de 430 mil clientes atendidos, entre os quais 800 empresas brasileiras – como a operadora de televisão por assinatura Sky, o grupo de serviços Porto Seguro, a atacadista Makro, entre outros –, a Oracle aposta em um movimento que vem crescendo nos últimos anos.

Segundo um estudo realizado pela consultoria americana Gartner neste ano prevê que 80% das empresas devem migrar suas informações digitais para ambientes externos. Se terceirizar dados está na moda, a Oracle quer ditar as tendências.

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