Com internet de alta capacidade, MEC lança o "Nordeste Conectado"
Com o programa, escolas e universidades terão acesso a uma rede com possibilidade de alcançar uma velocidade de 100 Gbps
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2017 às 15h58.
Última atualização em 5 de julho de 2017 às 16h01.
O Ministério da Educação ( MEC ) lançou na sexta-feira, 30, em Recife, o Programa Nordeste Conectado, que irá interligar com banda larga instituições federais de educação e pesquisa à Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) nas capitais e no interior do Nordeste.
O programa vai possibilitar também que instituições de educação superior e estaduais de pesquisa se interliguem à infraestrutura de Internet de alta capacidade.
O programa pode atingir 12,6 mil escolas públicas e beneficiar uma população de mais de 16,3 milhões de pessoas, distribuídas pelos nove estados da região.
Com o Nordeste Conectado, essas instituições terão acesso a uma rede com possibilidade de alcançar uma velocidade de 100 Gbps.
O MEC pretende apoiar os estados que possuem estratégias de interiorização de suas redes para a educação, alcançando diretamente mais de 70 cidades.
Os estados que participam da Iniciativa Veredas Novas do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) poderão compartilhar a infraestrutura do Nordeste Conectado para as suas políticas públicas, interligando universidades, institutos superiores estaduais e apoiando a conexão de escolas públicas.
O ministério destaca que a parceria vai beneficiar 39 campi de instituições federais. Para implantar a Fase 1 do Nordeste Conectado, prevista para operar a partir do mês de dezembro, o MEC vai investir R$ 25 milhões em 2017.
Nessa primeira etapa, haverá um aumento da capacidade do backbone da RNP para 100 Gbps no Nordeste, beneficiando 23 campi de institutos e universidades federais no interior com velocidade a partir de 1 Gbps, ou seja, 59% do público-alvo do programa.
Provedores
Com a operação, esse backbone vai passar por mais de 70 cidades, cuja população gira em torno de 16 milhões de pessoas.
Quando estiver em andamento, no ano de 2018, a previsão é que a RNP venha a gerar uma economia anual de R$ 3,7 milhões no atendimento a essas instituições, no custeio de conexões com velocidades limitadas (de até 100 Mbps) e conexões por satélite no interior (de até 10 Mbps).
O programa é resultado de uma cooperação técnica firmada entre o MEC, a RNP, e o Ministério de Minas e Energia, por meio da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf).
Seu principal objetivo é o compartilhamento de infraestrutura ótica em toda região Nordeste, tendo como suporte as linhas de transmissão da Chesf.
Uma das metas do MEC com o programa é preparar a rede acadêmica nacional para os próximos 20 anos e reduzir, até 2020, o custo anual da RNP em R$ 7,6 milhões pela substituição de conexões atualmente alugadas por essa infraestrutura compartilhada de alto desempenho.
Além disso, o programa tem o objetivo de ampliar parcerias com os provedores privados locais e regionais de Internet, que estenderão a capilaridade atual das fibras óticas.
Este conteúdo foi publicado originalmente no site da Teletime .