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Cientistas dizem ser um quebra-cabeça deter aumento da temperatura

Deter aumento da temperatura do planeta, um quebra-cabeças para cientistas

onda gigantesca (©afp.com / STR)

onda gigantesca (©afp.com / STR)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2013 às 06h53.

Paris - Uma pausa no aumento da temperatura do planeta nos últimos 10 ou 15 anos não coloca em dúvida as projeções do aquecimento global a longo prazo, mas é um quebra-cabeça para os climatologistas que na sexta-feira (27) apresentam em Estocolmo seu balanço da situação mundial.

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPPC), órgão científico de referência sobre as mudanças climáticas, vai confirmar que a temperatura do planeta aumentou mais de 0,8ºC desde o começo do século XX e que continuará aumentando no século XXI.

A esta conclusão já conhecida se soma uma anomalia detectada há dez ou quinze anos: enquanto continuam aumentando as concentrações de dióxido de carbono (CO2), principal responsável pelo aquecimento, a temperatura na superfície dos oceanos e os continentes para se estabilizar.

Desde 1998, um ano particularmente quente, o ritmo do aquecimento não foi superior a 0,05°C por década, contra uma média de 0,12°C desde 1951, segundo uma versão provisória do resumo do novo relatório do IPCC.

O resumo será debatido esta semana por cientistas e representantes dos 195 países membros do IPPC, antes de sua publicação formal na sexta-feira.

Os céticos que questionam a realidade das mudanças climáticas obviamente já se apoderaram deste recente hiato para questionar os modelos climáticos ou o papel da atividade humana no aquecimento do planeta.

Os climatologistas lembram que a tendência projetada sobre várias décadas confirma suas projeções. Além disso, as últimas décadas foram as mais quentes já observadas e os outros indícios do reaquecimento não cederam: degelo, aumento do nível do mar, eventos extremos....

No entanto, as causas desta pausa não são conhecidas, podendo-se tratar da possível influência de partículas vulcânicas, que refletem os raios do sol ou uma baixa da atividade solar.

Os estudos mais recentes evocam o papel dos oceanos, com um aumento da absorção de calor nas profundidades e a influência de um esfriamento recente do Pacífico equatorial.

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