Trovão (University of Florida/Florida Institute of Technology e Southwest Research Institute)
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2015 às 14h22.
Quase todo mundo já viu um relâmpago pelo menos uma vez na vida. Mas, pela primeira vez, cientistas do Southwest Research Institute conseguiram captar imagens do som que o acompanha. Para isso, o time liderado pelo Dr. Maher A Dayeh, cientista na divisão de Ciência Espacial e Engenharia do SRI, criou uma plataforma personalizada para induzir artificialmente um raio e gravar seu som.
Primeiro, um pequeno foguete arrastando um fio de cobre aterrado foi lançado contra nuvens carregadas de eletricidade, criando um canal condutor para o relâmpago "viajar" para baixo. Com isso, os pesquisadores puderam ajustar seus instrumentos e realizar os experimentos repetidamente.
Depois, a 95 metros da plataforma de lançamento dos foguetes, foi colocada uma fila de 15 microfones, separados uns dos outros por espaços de um metro. Os pesquisadores, então, utilizaram técnicas de "processamento pós-sinal" e de "amplificação direcional" dos dados captados pelos microfones. Eles criaram, assim, uma representação visual do som produzido pelo raio viajando pelo fio de cobre.
O Dr. Maher A Dayeh disse que, apesar de raios atingirem a Terra mais de 4 milhões de vezes por dia, a física por trás deste processo violento continua mal compreendida. "Apesar de entendermos a mecânica geral do trovão, não é claro como os processos físicos da descarga do relâmpago contribuem para o som que ouvimos", diz Dayeh. "Um ouvinte percebe o trovão em grande parte com base na distância de um raio. De perto, o trovão tem um som agudo, de rachaduras. De mais longe, tem uma natureza retumbante, que dura mais tempo."
Fonte: Southwest Research Institute