Cientistas acham biomarcadores que detectam câncer de pulmão
Pesquisadores espanhóis identificaram dois novos biomarcadores que ajudam a detectar e prevenir o câncer de pulmão
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2013 às 13h22.
Barcelona - Pesquisadores espanhóis identificaram dois novos biomarcadores que ajudam a detectar e prevenir o câncer de pulmão nas pessoas que padecem da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
Segundo informou nesta segunda-feira o Hospital do Mar de Barcelona, onde o estudo foi realizado, os especialistas constataram pela primeira vez que se os níveis de oxidação e inflamação celulares estiverem elevados nas vias aéreas de aparência normal e afastados da lesão tumoral, poderia haver um câncer de pulmão.
O estudo publicado pela revista "Free Radical Biology and Medicine" é o primeiro que descreve os níveis de estresse oxidativo e de inflamação no sangue e nas vias aéreas - parte superior do aparelho respiratório - distantes da zona do tumor nos pacientes com câncer de pulmão.
O estresse oxidativo é o desequilíbrio entre a produção de oxidantes e de antioxidantes nas células, e é o responsável em parte pela deterioração celular.
Em conjunto com a inflamação, são dois parâmetros relacionados com a progressão do câncer de pulmão.
Até agora, as pesquisas tinham se concentrado no estudo destes parâmetros no sangue e no tecido tumoral, mas esta nova investigação os analisa pela primeira vez nas zonas do aparelho respiratório não afetadas pela lesão tumoral.
Os pesquisadores compararam as variáveis fisiológicas, clínicas e biológicas de 52 pacientes com câncer de pulmão, com e sem Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
Estes dados se compararam com um grupo controle de 21 pessoas sem câncer, a metade com DPOC e a outra metade sem esta doença .
"Independentemente da presença da DPOC, verificamos que os níveis de estresse oxidativo e de inflamação aparecem mais elevados no sangue e nas vias aéreas dos pacientes com câncer, em comparação com o grupo controle", explicou Esther Barreiro, pneumologista do Hospital do Mar.
O estudo também identificou diferentes biomarcadores que no futuro podem servir para prever o desenvolvimento de câncer de pulmão em pacientes com DPOC.
O DNA danificado por oxidação e o fator de necrose tumoral alfa (TNF-a), um tipo de proteína relacionada com a inflamação, mostrava valores mais elevados nos pacientes com câncer de pulmão e que ao mesmo tempo tinham DPOC.
A DPOC se caracteriza por uma progressiva limitação crônica não reversível do fluxo aéreo, e é uma doença que não só afeta o pulmão, mas tem manifestações em todo o organismo. Ela é causada em 90% dos casos pelo consumo de tabaco.
O tabaco também é a principal causa do câncer de pulmão, o tipo de câncer mais frequente no mundo, com 1,4 milhão de novos casos por ano.
O câncer de pulmão é constatado de duas a cinco vezes mais em pacientes com DPOC do que nos fumantes sem a doença.
Barcelona - Pesquisadores espanhóis identificaram dois novos biomarcadores que ajudam a detectar e prevenir o câncer de pulmão nas pessoas que padecem da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
Segundo informou nesta segunda-feira o Hospital do Mar de Barcelona, onde o estudo foi realizado, os especialistas constataram pela primeira vez que se os níveis de oxidação e inflamação celulares estiverem elevados nas vias aéreas de aparência normal e afastados da lesão tumoral, poderia haver um câncer de pulmão.
O estudo publicado pela revista "Free Radical Biology and Medicine" é o primeiro que descreve os níveis de estresse oxidativo e de inflamação no sangue e nas vias aéreas - parte superior do aparelho respiratório - distantes da zona do tumor nos pacientes com câncer de pulmão.
O estresse oxidativo é o desequilíbrio entre a produção de oxidantes e de antioxidantes nas células, e é o responsável em parte pela deterioração celular.
Em conjunto com a inflamação, são dois parâmetros relacionados com a progressão do câncer de pulmão.
Até agora, as pesquisas tinham se concentrado no estudo destes parâmetros no sangue e no tecido tumoral, mas esta nova investigação os analisa pela primeira vez nas zonas do aparelho respiratório não afetadas pela lesão tumoral.
Os pesquisadores compararam as variáveis fisiológicas, clínicas e biológicas de 52 pacientes com câncer de pulmão, com e sem Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
Estes dados se compararam com um grupo controle de 21 pessoas sem câncer, a metade com DPOC e a outra metade sem esta doença .
"Independentemente da presença da DPOC, verificamos que os níveis de estresse oxidativo e de inflamação aparecem mais elevados no sangue e nas vias aéreas dos pacientes com câncer, em comparação com o grupo controle", explicou Esther Barreiro, pneumologista do Hospital do Mar.
O estudo também identificou diferentes biomarcadores que no futuro podem servir para prever o desenvolvimento de câncer de pulmão em pacientes com DPOC.
O DNA danificado por oxidação e o fator de necrose tumoral alfa (TNF-a), um tipo de proteína relacionada com a inflamação, mostrava valores mais elevados nos pacientes com câncer de pulmão e que ao mesmo tempo tinham DPOC.
A DPOC se caracteriza por uma progressiva limitação crônica não reversível do fluxo aéreo, e é uma doença que não só afeta o pulmão, mas tem manifestações em todo o organismo. Ela é causada em 90% dos casos pelo consumo de tabaco.
O tabaco também é a principal causa do câncer de pulmão, o tipo de câncer mais frequente no mundo, com 1,4 milhão de novos casos por ano.
O câncer de pulmão é constatado de duas a cinco vezes mais em pacientes com DPOC do que nos fumantes sem a doença.