China lidera em supercomputadores; Brasil ocupa 29º lugar na lista (GUANG NIU/Getty Images/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2010 às 14h34.
São Paulo - A lista dos 500 mais potentes supercomputadores do mundo, publicada esta semana, colocou pela primeira vez os Estados Unidos fora de seu topo.
Agora a China é oficialmente a detentora do mais veloz e poderoso supercomputador do mundo. Apelidado de Thianhe-1A, a máquina chinesa construída pela Universidade de Defesa Tecnológica, em Tianjin, é capaz de atingir a velocidade de processamento de 2.67 petaflops por segundo.
Este desempenho é sensivelmente superior aos 1.75 petaflop por segundo anotados pelo Cray XT5, a supermáquina construída pela Universidade do Tennessee e segunda colocada do ranking.
O Brasil classificou apenas uma máquina, o supercomputador do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), na lista Top 500. A máquina brasileira ficou na 29ª posição.
A nova organização na lista, do ponto de vista simbólico, é um golpe duro para os americanos, que nunca se viram ameaçados nesse setor. Supermáquinas japonesas ou europeias sempre guardaram uma certa distância, em termos de capacidade de processamento, dos computadores dos Estados Unidos.
Agora, no entanto, a China não só superou os Estados Unidos no topo da lista como sinaliza que suas universidades vão dedicar-se à construção em maior escala de equipamentos de supercomputação para uso interno e para o mercado de exportação.
Em comunicado, a Universidade do Tennessee diz que trabalha para aprimorar o Cray XT5 para as necessidades do Departamento Federal de Energia, dono do equipamento. O Departamento é equivalente, nos Estados Unidos, ao Ministério da Energia no Brasil.
Segundo a universidade americana, o setor de supercomputação passará por aceleradas mudanças nos próximo 5 ou 10 anos com a maior adoção de processadores com múltiplos núcleos trabalhando nas supermáquinas.