China está a caminho da robotização no cotidiano
No salão de exposições da conferência havia robôs que falavam, cantavam, dançavam e inclusive jogavam futebol entre eles ou badminton com humanos
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2015 às 09h28.
Pequim - Os robôs já preparam comida, limpam casas, dão aulas, escrevem notícias, realizam cirurgias, voam e, na China , principal mercado mundial do setor, são encarregados de ainda mais diversas atividades.
"Sabemos que estamos a ponto de começar uma nova era da robótica e temos um grande futuro pela frente. Ainda há muito a ser feito", disse o presidente da Federação Internacional de Robótica (FIR), Arturo Baroncelli, na inauguração da Conferência Mundial de Robôs de Pequim no início desta semana.
No salão de exposições da conferência havia robôs que falavam, cantavam, dançavam e inclusive jogavam futebol entre eles ou badminton com humanos.
Outras máquinas eram programadas para auxiliar no setor da saúde, em funções como reabilitação ou ajuda à mobilidade de incapacitados.
Algumas empresas apresentavam berços inteligentes com os quais os pais podem controlar à distância as condições do ambiente em que o bebê descansa.
O evento também contou com empresas cujos robôs foram programados para estabelecer contato com humanos e responder a seus pedidos, como se fossem garçons ou atendentes.
"Ajudamos as empresas a reduzir os custos trabalhistas e, aos consumidores finais, economizamos tempo e tornamos suas vidas mais eficientes", explicou Mai Mei, vice-presidente da Xiaoi, a empresa responsável pelos serviços de atendimento ao cliente das grandes operadoras telefônicas chinesas.
A conferência em Pequim, com mais de 120 empresas e 12 organizações internacionais de robótica, reflete o momento de auge vivido pelo setor dos robôs na China, principalmente no campo industrial.
A China monopoliza 25% do mercado dos robôs industriais. No ano passado, 57 mil unidades foram vendidas no gigante asiático, com um crescimento de 55% em relação a 2013. Ao todo, 230 mil vendas foram registradas em todo o planeta, segundo dados da FIR.
No entanto, a "densidade de robôs" (a relação entre máquinas e trabalhadores) se situa em 36 para cada 10 mil trabalhadores, abaixo da média mundial (66) e bem distante das médias de países como Coreia do Sul (478 para cada 10 mil), Japão (315), Alemanha (292) e Estados Unidos (164).
Até 2013, o fornecimento de robôs industriais da China dependia quase exclusivamente do exterior, embora há dois anos a produção doméstica tenha disparado e seja a que alimenta grande parte do crescimento do consumo.
A meta do governo chinês é que até 2020 os robôs de fabricação nacional cheguem a suprir metade da demanda interna. Com esse objetivo, está em fase de estudos um plano de cinco anos para conduzir a expansão do setor.
A robótica é uma das dez áreas assinaladas por Pequim como prioritárias em sua estratégia "Made in China 2025", que pretende remodelar a base industrial do país para orientá-la rumo a áreas mais intensivas em tecnologia e menos focadas em mão de obra.
"Já é possível imaginar o potencial deste país considerando sua baixa densidade e o grande número de operadores", declarou Baroncelli.
Cada vez mais empresas chinesas aderem à robótica, um campo em plena efervescência que ainda não está tão avançado como o do vizinho Japão, mas que encurta distâncias a grandes passos.
Pequim - Os robôs já preparam comida, limpam casas, dão aulas, escrevem notícias, realizam cirurgias, voam e, na China , principal mercado mundial do setor, são encarregados de ainda mais diversas atividades.
"Sabemos que estamos a ponto de começar uma nova era da robótica e temos um grande futuro pela frente. Ainda há muito a ser feito", disse o presidente da Federação Internacional de Robótica (FIR), Arturo Baroncelli, na inauguração da Conferência Mundial de Robôs de Pequim no início desta semana.
No salão de exposições da conferência havia robôs que falavam, cantavam, dançavam e inclusive jogavam futebol entre eles ou badminton com humanos.
Outras máquinas eram programadas para auxiliar no setor da saúde, em funções como reabilitação ou ajuda à mobilidade de incapacitados.
Algumas empresas apresentavam berços inteligentes com os quais os pais podem controlar à distância as condições do ambiente em que o bebê descansa.
O evento também contou com empresas cujos robôs foram programados para estabelecer contato com humanos e responder a seus pedidos, como se fossem garçons ou atendentes.
"Ajudamos as empresas a reduzir os custos trabalhistas e, aos consumidores finais, economizamos tempo e tornamos suas vidas mais eficientes", explicou Mai Mei, vice-presidente da Xiaoi, a empresa responsável pelos serviços de atendimento ao cliente das grandes operadoras telefônicas chinesas.
A conferência em Pequim, com mais de 120 empresas e 12 organizações internacionais de robótica, reflete o momento de auge vivido pelo setor dos robôs na China, principalmente no campo industrial.
A China monopoliza 25% do mercado dos robôs industriais. No ano passado, 57 mil unidades foram vendidas no gigante asiático, com um crescimento de 55% em relação a 2013. Ao todo, 230 mil vendas foram registradas em todo o planeta, segundo dados da FIR.
No entanto, a "densidade de robôs" (a relação entre máquinas e trabalhadores) se situa em 36 para cada 10 mil trabalhadores, abaixo da média mundial (66) e bem distante das médias de países como Coreia do Sul (478 para cada 10 mil), Japão (315), Alemanha (292) e Estados Unidos (164).
Até 2013, o fornecimento de robôs industriais da China dependia quase exclusivamente do exterior, embora há dois anos a produção doméstica tenha disparado e seja a que alimenta grande parte do crescimento do consumo.
A meta do governo chinês é que até 2020 os robôs de fabricação nacional cheguem a suprir metade da demanda interna. Com esse objetivo, está em fase de estudos um plano de cinco anos para conduzir a expansão do setor.
A robótica é uma das dez áreas assinaladas por Pequim como prioritárias em sua estratégia "Made in China 2025", que pretende remodelar a base industrial do país para orientá-la rumo a áreas mais intensivas em tecnologia e menos focadas em mão de obra.
"Já é possível imaginar o potencial deste país considerando sua baixa densidade e o grande número de operadores", declarou Baroncelli.
Cada vez mais empresas chinesas aderem à robótica, um campo em plena efervescência que ainda não está tão avançado como o do vizinho Japão, mas que encurta distâncias a grandes passos.