Dara Khosrowshahi: CEO quer ajudar a melhorar o transito das cidades (Reprodução/Bloomberg)
Lucas Agrela
Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 13h55.
Última atualização em 23 de janeiro de 2018 às 17h45.
Carros voadores estarão atravessando o céu dos EUA na próxima década - pelo menos, é o que o CEO da Uber Technologies, Dara Khosrowshahi, prevê.
"Haverá pessoas voando por Dallas, no Texas", disse Khosrowshahi na conferência de tecnologia DLD em Munique, sua primeira aparição pública na Europa desde que assumiu o comando da Uber no ano passado. "Eu acho que isso vai acontecer nos próximos dez anos."
A Uber estabeleceu uma parceria com a Nasa no ano passado para desenvolver novos conceitos de tráfego que permitirão operar de forma segura e eficiente sistemas de voo robotizado, e a companhia está trabalhando com parceiros das áreas de aeronaves, infraestrutura e imóveis para operar rotas fixas em centros urbanos. De acordo com a visão da empresa para essa rede, apelidada de "uberAir", os clientes poderão pressionar um botão e obter voos de alta velocidade dentro e fora de cidades, afirmou a Uber em novembro.
De volta ao chão, o CEO da Uber citou o congestionamento das cidades como um dos problemas que sua empresa pode ajudar a resolver, por exemplo, aumentando o número de veículos elétricos. No entanto, os táxis completamente autônomos ainda vão demorar entre 10 e 15 anos, devido ao esforço necessário para criar mapas tridimensionais e porque os sensores ainda são muito caros, disse ele.
A Uber planeja se expandir para mais cidades na Alemanha neste ano e tem novos planos para Londres. O CEO disse que a Uber se comprometeu a ter uma frota híbrida ou elétrica em Londres - "se eles nos deixarem voltar". Segundo Khosrowshahi, o Uber Eats está "incontestavelmente explodindo" e será a maior empresa de entrega de alimentos do mundo neste ano.
"Agora estamos passando do crescimento a qualquer custo para o crescimento responsável", disse Khosrowshahi, enquanto motoristas de táxi locais protestavam do lado de fora contra a concorrência da startup dos EUA. A crise da cultura corporativa da Uber no ano passado foi tão grande que Khosrowshahi não precisou convencer ninguém de que uma mudança era necessária quando ele entrou, disse ele. Agora, a Uber está empenhada em fazer "a coisa certa, e ponto final".