Tecnologia

Um a cada 10 já foi vítima de fraude virtual

Pesquisa mostra que mais de 60% dos paulistanos tem medo de fazer compras pela internet; maioria considera que baixar conteúdo não é ilegal

A pesquisa foi realizada pelo Fecomercio na cidade de São Paulo  (Arquivo)

A pesquisa foi realizada pelo Fecomercio na cidade de São Paulo (Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - Uma a cada dez pessoas na cidade de São Paulo já foi vítima ou tem familiar que já foi vítima de algum tipo de crime virtual, segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) divulgada hoje.

A sondagem apontou que o crime mais comum na rede de internet é a clonagem de páginas pessoais. Segundo o levantamento, 23,5% dos entrevistados na capital paulista relataram já ter passado por esta situação.

Em segundo lugar aparecem empatados os crimes de desvio de dinheiro da conta bancária e compras indevidas realizadas no cartão de crédito, com 22,6%. Neste caso, as principais vítimas (40,7%) são pessoas que têm rendimentos mensais acima dos 10 salários mínimos. "Isso acontece porque são pessoas que buscam mais praticidade e costumam usar mais serviços de home banking e compras pela internet, às vezes sem as proteções adequadas", avaliou a assessora econômica da Fecomercio Kelly Carvalho.

A sondagem também revelou que, após sofrer algum tipo de ataque, a atitude mais comum do internauta é fazer um boletim de ocorrência e, em seguida, encerrar a conta no site utilizado. Cancelar cartões de crédito também é uma ação frequente. Segundo resposta dos entrevistados, nestes casos, os bancos só resolveram o problema ou reembolsaram os prejuízos dos clientes em 14,7% das vezes.

O receio de possíveis fraudes é uma das principais barreiras para a expansão do comércio online. A pesquisa revelou que 63,7% dos entrevistados na cidade de São Paulo não realizam compras na internet por esse motivo. No entanto, entre as pessoas que já foram vítimas de fraudes, a maioria (65,5%) afirmou que continua usando a internet normalmente para realizar transações.

No caso das compras online, o que mais estimula os entrevistados é a praticidade da aquisição sem sair de casa (45,6%). A confiança na empresa também conta muito, sendo considerado primordial para 23,3% dos entrevistados.

Redes sociais

Twitter, Facebook, Orkut e outras redes sociais ainda são o principal motivo para o acesso à internet: 73,8% afirmaram acessar pelo menos uma delas. Entre os internautas com mais de 34 anos, 61% acessam alguma rede. Já entre aqueles com 34 ou menos, a porcentagem cresce bastante, atingindo 85,3% dos entrevistados na capital paulista.

Outra prática comum, baixar filmes e músicas não é considerado um crime pela maior parte da população. Somente 23,5% dos internautas consideram estes atos uma violação da lei de direitos autorais. O que não é comum para os internautas é se cadastrar em sites para receber conteúdos e promoções especiais. Somente 35,5% deles têm este costume, em grande parte porque, na opinião de 64,8% dos entrevistados, os sites não apresentam informações claras e precisas dos produtos que vendem.

A pesquisa da Fecomércio entrevistou 1.095 pessoas do município de São Paulo nos dias 16 e 17 de agosto de 2010.

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