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Buraco negro acorda para 'comer' depois de 26 anos inativo

Localizada a 8 000 anos luz de distância da Terra, o V404 Cygni não apresentava atividade desde 1989

buraco-negro-esa (ESA/ATG medialab)

buraco-negro-esa (ESA/ATG medialab)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2015 às 13h04.

Há uma semana, os satélites da ESA (Agência Espacial da Europeia) têm observado fortes emissões de luz vindas do buraco negro V404 Cygni, sistema solar binário – que consiste na junção de um buraco negro e uma estrela. Isso significa que o V404 Cygni está se alimentando da matéria estelar da constelação de Cisne, localizada no hemisfério celestial norte da Via-Láctea.

Desde sua descoberta em 1989, pelos raios-X do satélite japonês Ginga, o buraco negro estava inativo. Localizado na Via-Láctea, a 8 000 anos luz de distância da Terra, o V404 Cygni, quando ativo, capta a matéria cósmica a partir da estrela até enviar para dentro do buraco negro. Depois, o material coletado vai para um disco no buraco negro onde é aquecido e acelerado. Por fim, o buraco negro emite ondas de radiação em forma de luz, como um raio-X.

De acordo com a nota oficial da ESA, no dia 15 de junho, o telescópio do satélite Swift da NASA observou uma explosão de raios-X no buraco negro, o que levantou uma campanha em observatórios e telescópios ao redor do mundo para monitorar as atividades do V404 Cygni. Até que, por fim, no dia 17 de junho, o observatório da ESA avistou o comportamento de emissão de flashes de raios-X, em intervalos curtos durante o dia, no buraco negro.

Assim, quando o fenômeno do V404 Cygni acontece, ele se torna o objeto mais brilhante do céu. Porém, a comunidade de astronomia reconhece que esse fenômeno é raro, principalmente em estrelas variantes, que apresentam atividade periodicamente, como é o caso do buraco negro. Por isso, a nota da ESA informou que essa é uma oportunidade única na carreira de muitos astrônomos para compreender as características de um buraco negro.

Fonte: ESA, Science 20 e HNGN

 

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