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Buraco na camada de ozônio está começando a cicatrizar

E a "culpa" é nossa: proibição coletiva dos gases que destruíam a camada protetora na atmosfera começa a mostrar resultados positivos após 30 anos.

Planeta Terra: o time de Solomon nos dá licença para uma salva de palmas (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2016 às 11h06.

São Paulo - Seres humanos não servem só para estragar a natureza, no fim das contas. O buraco na camada de ozônio acima da Antártida está diminuindo e os aliviados cientistas afirmam que a "culpa" é nossa: o esforço mundial para diminuir a emissão de CFC (clorofluorcarbono) na atmosfera funcionou.

Os esforços para banir os gases - que eram usados em geladeiras, desodorantes e sprays de cabelo, sem preocupação - apareceram nos anos 1970 e 1980.

Em 1987, o Protocolo de Montreal, assinado por 46 países, selou o destino do CFC. Isso porque químicos britânicos descobriram que o cloro dos sprays reagia com o ozônio da atmosfera e dissipava a camada formada pelo gás que protege o planeta dos raios UV.

Quase 30 anos depois, os cientistas finalmente podem dizer que o acordo mundial funcionou. Uma equipe liderada por Susan Solomon, do MIT, observa a camada de ozônio que cobre a região da Antártida desde 2000. Nesse período, a pesquisadora afirma que o buraco diminuiu mais de 4 milhões de km² e que já existem sinais visíveis de recuperação.

Se o progresso do buraco continuar como espera a equipe, ele deve estar completamente "curado" até 2050. Mas é difícil prever se a melhora vai ser regular.

No ano passado, as medidas também se mostravam favoráveis até que uma exceção estatística assustou os cientistas: o buraco bateu recorde de tamanho em outubro de 2015, com 28,2 km² de área.

Algum tempo depois, porém, os estudos de Solomon esclareceram o problema: a erupção do vulcão Calbuco, no Chile , aconteceu na mesma época, formando nuvens de pequenas partículas na atmosfera. Este cenário facilita a reação destrutiva entre cloro e ozônio.

Apesar deste acidente de percurso, a equipe ainda está certa de que a camada de ozônio está cicatrizando o dano causado pelos humanos - e ao menos metade da redução do tamanho do buraco está diretamente relacionada com a proibição dos sprays de CFC.

Mesmo sem novas erupções vulcânicas, a melhora ainda deve ser instável: ainda existem restos de cloro na atmosfera e, toda a vez que o clima fica frio e ensolarado, a luz e a temperatura intensificam as reações com o ozônio.

Acima de tudo, porém, o time de Solomon nos dá licença para uma salva de palmas - pelo menos por hoje, a humanidade está mais para heroína do que vilã.

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Os esforços para banir os gases - que eram usados em geladeiras, desodorantes e sprays de cabelo, sem preocupação - apareceram nos anos 1970 e 1980.

Em 1987, o Protocolo de Montreal, assinado por 46 países, selou o destino do CFC. Isso porque químicos britânicos descobriram que o cloro dos sprays reagia com o ozônio da atmosfera e dissipava a camada formada pelo gás que protege o planeta dos raios UV.

Quase 30 anos depois, os cientistas finalmente podem dizer que o acordo mundial funcionou. Uma equipe liderada por Susan Solomon, do MIT, observa a camada de ozônio que cobre a região da Antártida desde 2000. Nesse período, a pesquisadora afirma que o buraco diminuiu mais de 4 milhões de km² e que já existem sinais visíveis de recuperação.

Se o progresso do buraco continuar como espera a equipe, ele deve estar completamente "curado" até 2050. Mas é difícil prever se a melhora vai ser regular.

No ano passado, as medidas também se mostravam favoráveis até que uma exceção estatística assustou os cientistas: o buraco bateu recorde de tamanho em outubro de 2015, com 28,2 km² de área.

Algum tempo depois, porém, os estudos de Solomon esclareceram o problema: a erupção do vulcão Calbuco, no Chile , aconteceu na mesma época, formando nuvens de pequenas partículas na atmosfera. Este cenário facilita a reação destrutiva entre cloro e ozônio.

Apesar deste acidente de percurso, a equipe ainda está certa de que a camada de ozônio está cicatrizando o dano causado pelos humanos - e ao menos metade da redução do tamanho do buraco está diretamente relacionada com a proibição dos sprays de CFC.

Mesmo sem novas erupções vulcânicas, a melhora ainda deve ser instável: ainda existem restos de cloro na atmosfera e, toda a vez que o clima fica frio e ensolarado, a luz e a temperatura intensificam as reações com o ozônio.

Acima de tudo, porém, o time de Solomon nos dá licença para uma salva de palmas - pelo menos por hoje, a humanidade está mais para heroína do que vilã.

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