São Paulo - A disputa pelo nome iPad não deve atrasar a chegada do tablet da Apple ao mercado brasileiro, de acordo com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

A polêmica surgiu esta semana, quando veio à tona o informe de que a nomeação já estaria registrada no país para outro gadget, um desfibrilador da marca sul-coreana CU Medical Systems chamado i-PAD NF1200, desde o ano passado.

Isso poderia ocasionar uma briga judicial e adiar os planos da Apple, mas, segundo as normas de registros brasileiros da INPI, o mesmo nome para os dois produtos é algo que pode acontecer de modo harmonioso.

"O registro da palavra iPad para o produto da Apple só traria problemas se nomeasse um produto da mesma classe, o que não é o caso de um desfibrilador, que pertence à área médica", afirma a porta-voz da INPI, Lucia Motta.

O único jeito eficaz de retirar o iPad da Apple do caminho, diz Lucia Motta, seria a alegação de que a marca já registrada possui a qualidade de "notória", isto é, com grande alcance e domínio público. Na atual situação, porém, este argumento dificilmente valeria para um produto médico não tão conhecido no Brasil.

Para completar, o pedido de registro do tablet da Apple já está bem encaminhado no INPI pelos titulares da empresa IP Application Development LLC, que costuma iniciar os processos de entrada dos gadgets da marca em diversos países.

Ainda assim, segundo as regras do INPI, nada restringe a possibilidade de qualquer empresa entrar com um recurso para impedir o uso do nome "iPad" por parte da Apple. Os pedidos serão analisados pelo instituto, levando em consideração as políticas das marcas.

No momento, há, além do pedido da IP Application Development, a solicitação de uma loja de produtos náuticos

A previsão de chegada do tablet da Apple no Brasil é junho, de acordo com a revista Veja. A Apple não confirma.