Brasileiros compraram 100 mil tablets em 2010
De acordo com levantamento da IDC, 100 mil tablets foram comercializados no Brasil em 2010
Da Redação
Publicado em 16 de fevereiro de 2011 às 19h22.
São Paulo — Segundo a empresa de análise de mercado, esse número inclui tanto as vendas oficiais do gadget como a comercialização do produto no chamado “mercado cinza”, via importação ilegal do aparelho, além de tablets trazidos do exterior pelos próprios consumidores. Para o coordenador de pesquisas da IDC, Luciano Crippa, o preço dos tablets vendidos no país facilitou a adesão do público ao produto. Ele esperava que custasse por volta dos dois mil reais.
Crippa crê que o segmento veio para ficar e ressalta a rápida identificação do consumidor brasileiro com o gadget, especialmente os aficionados por tecnologia, apontados pelo coordenador do IDC como os principais responsáveis pelo resultado. De acordo com o estudo, o número de vendas poderia ter sido maior, mas ainda existem barreiras, como a falta de familiaridade de boa parte dos consumidores com o dispositivo. O fato de alguns interessados estarem aguardando o lançamento de novos modelos também impediu que mais tablets fossem vendidos em 2010, aponta a IDC.
A empresa também ressalta iniciativas da área educacional como fator importante para as vendas do produto. Para Crippa, o segmento deverá ganhar ainda mais volume em 2011, já que os tablets estão sendo usados como ferramenta em escolas e faculdades. A previsão é que, neste ano, as vendas cheguem e, possivelmente, até ultrapassem a casa dos 300 mil tablets. A grande movimentação acontecerá, principalmente, no segundo semestre, diz o estudo.
O coordenador de pesquisas da IDC aponta os seis últimos meses do ano como o período em que são esperados lançamentos de tablets produzidos por fabricantes nacionais. O IDC acredita que computadores tablets concorram com o mercado de netbooks e que os dispositivos ainda movimentem o segmento de PCs e smartphones.
Para a consultoria, os planos do governo em torno da redução de impostos e precificação acessível dos tablets no país não devem impactar a estimativa para este ano, ainda que as iniciativas iniciem em 2011. Considerando a capacidade e o tempo de produção dos dispositivos brasileiros, os efeitos dessas ações só terão impacto a partir de 2012, avalia Crippa.