Brasileiro está exigente e gasta mais ao comprar smartphones
Pesquisa feita pela GfK revela que o preço dos smartphones cresceu em quase 300 reais, mas que os consumidores estão exigindo mais na compra dos dispositivos
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2016 às 14h23.
São Paulo – O brasileiro está cada vez mais exigente quando o assunto é smartphone . Agora, não basta que o dispositivo faça ligações, tire fotos e tenha conexão com a internet, ele tem que fazer isso tudo com alta qualidade e velocidade.
Segundo um estudo apresentado pela consultoria GfK nessa terça-feira na Eletrolar Show, 54,7% dos smartphones comprados entre janeiro e maio deste ano têm suporte à rede 4G – número muito superior aos 13,5% no mesmo período de 2015. A expectativa é que, em 2017, 70% dos celulares vendidos tenham 4G.
Em conversa com EXAME.com, Oliver Römerscheidt, diretor da GfK para indústria de tecnologia, afirma que além do suporte para a rede 4G, o consumidor também busca um aparelho com telas de, pelo menos, cinco polegadas e câmeras de melhor qualidade. Aliás, esse último aspecto é atestado pela pesquisa, que revela que câmeras traseiras de 13 megapixels e frontais de 5 megapixels apresentam maior participação no mercado (33% e 55%, respectivamente).
Essa busca por um smartphone mais completo refletiu no preço médio dos dispositivos vendidos. De acordo com o estudo, o ticket médio de gasto com smartphones cresceu de 603 reais em 2015 para 891 reais em 2016.
Römerscheidt disse no evento que o aumento está relacionado a fatores como a desvalorização do real frente ao do dólar e a suspensão temporária da Lei do Bem no início do ano. Outra questão é a falta de inovação no ramo, já que o ciclo de troca das novas tecnologias móveis está cada vez mais longo.
Essa elevação nos preços teve um efeito positivo no faturamento do setor eletrônico no Brasil. Afinal, segundo os dados do estudo, a cada 10 reais gastos pelos consumidores brasileiros com eletroeletrônicos, quatro vão para a compra de smartphones. No entanto, o mesmo não pode ser visto nos outros setores de eletroeletrônicos, que tiveram uma retração de 9%.
Apesar do faturamento estável, as vendas de smartphones caíram 28% em comparação com 2015 – a segunda maior queda do setor de eletroeletrônicos, atrás apenas da informática que retraiu 33%.
De acordo com a pesquisa, as principais categorias (TVs, linha branca e cafeteiras) vêm apresentando maior concentração de vendas nas principais marcas. Contudo, o contrário acontece com o mercado de smartphones, onde as marcas menores – especialmente as chinesas – também tem seu espaço.
Para Römerscheidt, tanto a venda de celulares quanto a de outros produtos eletroeletrônicos voltará a crescer no segundo semestre de 2017. “Porém, esse crescimento depende muito da inovação tecnológica”, finaliza.
São Paulo – O brasileiro está cada vez mais exigente quando o assunto é smartphone . Agora, não basta que o dispositivo faça ligações, tire fotos e tenha conexão com a internet, ele tem que fazer isso tudo com alta qualidade e velocidade.
Segundo um estudo apresentado pela consultoria GfK nessa terça-feira na Eletrolar Show, 54,7% dos smartphones comprados entre janeiro e maio deste ano têm suporte à rede 4G – número muito superior aos 13,5% no mesmo período de 2015. A expectativa é que, em 2017, 70% dos celulares vendidos tenham 4G.
Em conversa com EXAME.com, Oliver Römerscheidt, diretor da GfK para indústria de tecnologia, afirma que além do suporte para a rede 4G, o consumidor também busca um aparelho com telas de, pelo menos, cinco polegadas e câmeras de melhor qualidade. Aliás, esse último aspecto é atestado pela pesquisa, que revela que câmeras traseiras de 13 megapixels e frontais de 5 megapixels apresentam maior participação no mercado (33% e 55%, respectivamente).
Essa busca por um smartphone mais completo refletiu no preço médio dos dispositivos vendidos. De acordo com o estudo, o ticket médio de gasto com smartphones cresceu de 603 reais em 2015 para 891 reais em 2016.
Römerscheidt disse no evento que o aumento está relacionado a fatores como a desvalorização do real frente ao do dólar e a suspensão temporária da Lei do Bem no início do ano. Outra questão é a falta de inovação no ramo, já que o ciclo de troca das novas tecnologias móveis está cada vez mais longo.
Essa elevação nos preços teve um efeito positivo no faturamento do setor eletrônico no Brasil. Afinal, segundo os dados do estudo, a cada 10 reais gastos pelos consumidores brasileiros com eletroeletrônicos, quatro vão para a compra de smartphones. No entanto, o mesmo não pode ser visto nos outros setores de eletroeletrônicos, que tiveram uma retração de 9%.
Apesar do faturamento estável, as vendas de smartphones caíram 28% em comparação com 2015 – a segunda maior queda do setor de eletroeletrônicos, atrás apenas da informática que retraiu 33%.
De acordo com a pesquisa, as principais categorias (TVs, linha branca e cafeteiras) vêm apresentando maior concentração de vendas nas principais marcas. Contudo, o contrário acontece com o mercado de smartphones, onde as marcas menores – especialmente as chinesas – também tem seu espaço.
Para Römerscheidt, tanto a venda de celulares quanto a de outros produtos eletroeletrônicos voltará a crescer no segundo semestre de 2017. “Porém, esse crescimento depende muito da inovação tecnológica”, finaliza.