Big data pode ajudar a conter o avanço do ebola
A análise de dados vem oferecendo o acompanhamento, em tempo real, da epidemia
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2014 às 08h49.
No dia 14 de março, nove dias antes de a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgar seu primeiro relatório sobre o ebola, o HealthMap já havia disparado um alerta de epidemia na região de Guiné, na África. Lançada em 2006, a ferramenta foi criada por uma equipe de pesquisadores, epidemiologistas e desenvolvedores de software do Boston’s Children Hospital, nos Estados Unidos, com o intuito de fornecer, em tempo real, informações sobre surtos e ameaças de epidemias. O big data também vem se mostrando útil para mapear outros tipos de doenças, como a dengue, a malária e a gripe suína.
Outra fonte rica de dados são os aparelhos celulares. Nos Estados Unidos, por exemplo, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças vêm usando informações fornecidas pelas operadoras para mapear de onde partem as chamadas com pedidos de ajuda. O mesmo recurso foi usado após o terremoto no Haiti, em 2010, quando mais de 2 milhões de chamadas de telefones móveis foram analisados, permitindo que as Nações Unidas e outras agências humanitárias enviassem voluntários e recursos para combater o surto de cólera que assolou o país após a tragédia. Em Serra Leoa, a Cruz Vermelha envia cerca de 2 milhões de mensagens via SMS por mês à população alertando-a sobre como evitar a contaminação por ebola.
Em entrevista à BBC, de Londres, Peder Jungck, diretor de tecnologia da divisão de inteligência e segurança da BAE Systems, fabricante de material aeroespacial, disse que o big data também pode ser usado para medir o impacto do clima na velocidade com que o ebola se alastra. Segundo o balanço da OMS divulgado no último dia 15 com base em dados coletados até 12 de outubro, a doença já matou, desde o início do ano, 4 493 pessoas de um total de 8 997 casos registrados em sete países (Libéria, Serra Leoa, Guiné, Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos).
No dia 14 de março, nove dias antes de a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgar seu primeiro relatório sobre o ebola, o HealthMap já havia disparado um alerta de epidemia na região de Guiné, na África. Lançada em 2006, a ferramenta foi criada por uma equipe de pesquisadores, epidemiologistas e desenvolvedores de software do Boston’s Children Hospital, nos Estados Unidos, com o intuito de fornecer, em tempo real, informações sobre surtos e ameaças de epidemias. O big data também vem se mostrando útil para mapear outros tipos de doenças, como a dengue, a malária e a gripe suína.
Outra fonte rica de dados são os aparelhos celulares. Nos Estados Unidos, por exemplo, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças vêm usando informações fornecidas pelas operadoras para mapear de onde partem as chamadas com pedidos de ajuda. O mesmo recurso foi usado após o terremoto no Haiti, em 2010, quando mais de 2 milhões de chamadas de telefones móveis foram analisados, permitindo que as Nações Unidas e outras agências humanitárias enviassem voluntários e recursos para combater o surto de cólera que assolou o país após a tragédia. Em Serra Leoa, a Cruz Vermelha envia cerca de 2 milhões de mensagens via SMS por mês à população alertando-a sobre como evitar a contaminação por ebola.
Em entrevista à BBC, de Londres, Peder Jungck, diretor de tecnologia da divisão de inteligência e segurança da BAE Systems, fabricante de material aeroespacial, disse que o big data também pode ser usado para medir o impacto do clima na velocidade com que o ebola se alastra. Segundo o balanço da OMS divulgado no último dia 15 com base em dados coletados até 12 de outubro, a doença já matou, desde o início do ano, 4 493 pessoas de um total de 8 997 casos registrados em sete países (Libéria, Serra Leoa, Guiné, Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos).