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Avaliada em US$ 1,8 trilhão, Apple supera o PIB do Brasil

Mercado financeiro espera que, nesse ritmo, a empresa de Cupertino possa ser a primeira a romper a marca dos US$ 2 tri em valor de mercado

Steve Jobs, em 2005: Apple pode ser considerada um termômetro do mercado de tecnologia (Justin Sullivan/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de agosto de 2020 às 10h13.

Última atualização em 6 de agosto de 2020 às 10h29.

A Apple, maior empresa de capital aberto do mundo, agora é também mais valiosa do que o Brasil . Desde terça-feira, a gigante ultrapassou a marca de US$ 1,88 trilhão em valor de mercado. Em comparação, o Produto Interno Bruto do País foi de US$ 1,84 trilhão em 2019, o nono no ranking internacional, segundo o Banco Mundial.

Durante a pandemia, a cadeia de tecnologia cresceu, como empresas de nuvem, de e-commerce e de interface de usuário ganhando valor de mercado. O que também contribuiu para que o país, de grandes dimensões, ficasse atrás de uma empresa privada foi a baixa taxa de crescimento nos três anos, que ficou em torno de 1%, e a crise econômica de 2014 e 2015.

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A empresa de Cupertino, portanto, é apenas a ponta da lança e pode ser considerada um termômetro de como vai o mercado de tecnologia.

O último balanço, que reflete o desempenho durante a pior fase da pandemia do novo coronavírus, surpreendeu investidore s e fez as ações se valorizarem 14% desde então - o papel fechou ontem a US$ 440.

Recorde à vista

O mercado financeiro espera que, nesse ritmo, a empresa de Cupertino possa ser a primeira a romper a marca dos US$ 2 trilhões em valor de mercado.

"O valor de US$ 2 trilhões vai ser atingido nas próximas semanas já que o último trimestre fiscal da Apple entrou para a história e foi um fator de virada para os investidores", disseram ao Estadão os analistas Daniel Ives e Strecker Backe, da consultoria financeira Wedbush.

Em relatório, Ives e Backe notam que as vendas de um eventual iPhone 12 com tecnologia 5G devem impulsionar ainda mais ações da empresa, que podem chegar a US$ 475 cada, segundo eles.

Adriano Cantreva, sócio da gestora Portofino Investimentos, acredita que esse bom momento do setor de tecnologia nas bolsas mundiais não tem data para acabar, mesmo com um possível arrefecimento da pandemia.

"As empresa de tecnologia têm muito em que crescer. Se continuarem trabalhando como têm trabalhado, o céu é o limite", diz.

No último trimestre, a Apple viu uma recuperação nas vendas de iPhones, que estavam perdendo espaço na composição de receita da empresa.

A receita do iPhone teve alta de 2% (US$ 26,4 bilhões) em relação ao mesmo período do ano passado. A divisão de serviços da Apple foi de 11,5 bilhões no segundo trimestre do ano passado para 13,1 bilhões no último trimestre.

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