Atividade nas redes sociais é proporcional a ativismo político
Um estudo realizado entre jovens americanos concluiu que as pessoas mais ativas nas redes sociais são também aquelas que se mais se dedicam ao ativismo político
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2011 às 16h03.
São Paulo — A pesquisa acompanhou por três anos a atividade de mais de 2.500 adolescentes na Califórnia, observando o engajamento desses estudantes em causas civis e políticas, e foi patrocinada pela Fundação MacArthur e pelo Centro de Informação e Pesquisa sobre Aprendizado Civil.
Para mapear a situação, o estudo analisou três tipos de comportamento: atividades políticas motivadas pela participação on-line, exposição on-line para diversas perspectivas e interesse dirigido à participação on-line. A pesquisa pretendia medir a periodicidade com que adolescentes compartilham suas perspectivas e entender como eles utilizam o e-mail para se comunicar com órgãos governamentais.
Na visão dos pesquisadores, a internet não transforma os jovens em indivíduos isolados, contestando a tese defendida por outros observadores. Ao contrário, a web os incentivaria a participar de trabalhos voluntários e manifestações políticas. A adesão de adolescentes a grupos de interesse comum não só estimula a discussão como amplia a exposição de ideias.
"A pesquisa mostra também como é importante que escolas, universidades e pais trabalhem em conjunto para motivar seus filhos a aproveitar a internet da melhor maneira", explicam os autores Joseph Kahne, da Mills College, Nam-Jin Lee, da College of Charleston, e Jessica Timpany Feezell, da Universidade da Califórnia.