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Artista revolta ativistas ao prender iPads em cascos de tartarugas

Enquanto circulam pelo local, os iPads exibem imagens de três cidades fantasmas reais que foram filmadas por meio de câmeras presas nas tartarugas

Tartaruga com iPad (Divulgação/Aspen Art Museum)

Tartaruga com iPad (Divulgação/Aspen Art Museum)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 10h41.

Uma exposição do chinês Cai Guo-Qiang nem foi aberta ao público e já revoltou ativistas pelo mundo. Para a obra "Moving ghost town" ("cidade fantasma em movimento", em tradução livre), o artista plástico prendeu iPads nos cascos de tartarugas. A previsão é que a obra seja exibida no Museu de Arte de Aspen, nos Estados Unidos, a partir de sábado (9).

Segundo o Designboom, são três tartarugas que ficam presas em um espaço. Cada uma carrega dois iPads nos cascos. Enquanto os animais circulam pelo local, os iPads exibem imagens de três cidades fantasmas reais que foram filmadas por meio de câmeras presas nas tartarugas. O museu descreve as imagens como "histórias esquecidas de cidades fantasmas que já foram prósperas recontadas a partir da perspectiva das tartarugas".

Um grupo de ativistas fez uma petição para pedir o fim da instalação. Os defensores afirmam que as tartarugas são obrigadas a suportar o peso de dois iPads em suas costas enquanto caminham no Sol. "Desde quando abuso animal é arte?", diz a petição, que tem cerca de 2 mil assinaturas. 

O museu afirma que "o uso do iPad e o método de montagem é uma versão reduzida do método usado por cientistas e pesquisadores que estudam os animais nas florestas. O silicone usado para prender os iPads não é invasivo e é removível com facilidade sem danificar o casco da tartaruga".

A porta-voz do museu Sara Fitzmaurice afirmou que as tartarugas usadas na instalação do artista plástico foram resgatadas de um recinto superlotado. Segundo Sara, as três estão sendo acompanhadas por um veterinário local e, após o fim a exposição, irão para estabelecimentos de conservação de tartarugas.

A veterinária local Elizabeth Kremzier também afirmou que o bem-estar das tartarugas tem sido prioridade desde o planejamento da exposição e que foram feitos todos os esforços para minimizar o estresse nos animais. “As tartarugas se adaptaram bem ao novo habitat, e os iPads não têm interferido no comportamento natural dos animais”, disse.

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