Plantação de arroz: o arroz, cultivado em campos alagados, é particularmente propenso a absorver arsênico que ocorre naturalmente no solo, nas rochas e na água (Chumsak Kanoknan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2014 às 14h10.
Nova York - A Food and Drug Administration (FDA), agência que regulamenta medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, disse nesta sexta-feira, 6, que os níveis de arsênico em mais de 1.300 amostras de arroz testadas não oferecem risco imediato ou no curto prazo para a saúde. A agência afirmou, no entanto, que continuará investigando se o consumo de arroz pode trazer riscos crônicos à saúde.
O arroz, cultivado em campos alagados, é particularmente propenso a absorver arsênico que ocorre naturalmente no solo, nas rochas e na água. Grupos de consumidores e pediatras pediram que a FDA estabelecesse padrões para o nível de arsênico no arroz e aconselharam pais a incluir outros grãos na dieta de seus filhos. O arsênico também está presente em alguns pesticidas e fertilizantes.
O vice-comissário para alimentos da FDA, Michael R. Taylor, declarou que os resultados dos testes são um passo importante e "o mais completo conjunto de dados sobre a presença de arsênico no arroz". Segundo Taylor, a investigação sobre riscos crônicos do consumo de arroz é uma prioridade da agência e deve se estender até o próximo ano.
Urvashi Rangan, diretor de segurança e sustentabilidade da publicação Consumer Reports, disse que o grupo vem conversado com a FDA há dois ou três anos sobre o assunto. "Estamos satisfeitos com os resultados até agora, mas temos que chegar a uma solução", disse Rangan. "Isso significa estabelecer um padrão para a quantidade aceitável de arsênico no arroz."
Em julho, a FDA propôs um limite de 10 partes por bilhão (ppb) para a presença de arsênico inorgânico em suco de maçã.
Fonte: Dow Jones Newswires.