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Arábia Saudita proíbe cidadãos de espionar celular de cônjuges

Pena para quem descumprir nova regra é de até um ano de prisão, além de multa de 108 mil euros, segundo o governo saudita

Celular: medida de controle se inscreve em uma nova lei contra o crime cibernético que entrou em vigor na semana passada (Foto/Getty Images)

Celular: medida de controle se inscreve em uma nova lei contra o crime cibernético que entrou em vigor na semana passada (Foto/Getty Images)

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AFP

Publicado em 2 de abril de 2018 às 18h14.

Última atualização em 2 de abril de 2018 às 18h38.

A Arábia Saudita vai punir quem espionar o telefone do cônjuge com pena de até um ano de prisão e multa elevada, anunciou nesta segunda-feira (2) o ministério da Informação.

"As pessoas casadas que planejarem espionar a esposa ou o esposo na Arábia Saudita deverão pensar duas vezes porque a atividade poderia custar-lhes multa de 500.000 rials (108.000 euros), além de uma pena de um ano de prisão", destacou o ministério em um comunicado publicado em inglês.

A medida se inscreve em uma nova lei contra o crime cibernético que entrou em vigor na semana passada e deve, segundo as autoridades, "proteger a moralidade dos indivíduos e da sociedade, mas também a vida privada".

Reino ultraconservador, baseado em uma versão rigorosa do Islã, a Arábia Saudita é um dos líderes mundiais em uso por habitante de aplicativos para celulares e redes sociais.

O país lançou nos últimos meses várias reformas. Esta, que era a última nação do mundo que impedia as mulheres de dirigir, permitirá finalmente que elas assumam a direção a partir de junho.

No passado, a legislação saudita sobre cibercrimes havia sido muito criticada pelas organizações internacionais de defesa dos direitos humanos.

Dezenas de sauditas foram condenados em virtude da antiga lei por ter difundido comentários críticos nas redes sociais.

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