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Aquisição da Fitbit pelo Google deve ser aprovada pela União Europeia

Aquisição inicialmente ligou alerta nos reguladores globais, mas compra deve ser aprovada pelas autoridades da UE.

Fitbit: anúncio do Google que havia comprado a fabricante de relógios inteligentes preocupou autoridades inicialmente (Jacobia Dahm/Bloomberg)
TL

Thiago Lavado

Publicado em 17 de outubro de 2020 às 08h00.

A aquisição bilionária da fabricante de relógios inteligentes Fitbit pelo Google deve ser aprovada por órgãos reguladores da União Europeia, segundo informações da agência Bloomberg. A medida deve receber um positivo das autoridades apesar de grupos de consumidores terem manifestado preocupação com a entrada do Google numa empresa que coleta dados de saúde e de dispositivos de atividades físicas.

O Google anunciou a compra da Fitbit em novembro do ano passado, em um negócio avaliado em 2,1 bilhões de dólares. O anúncio foi visto como um movimento do Google de fortalecer sua linha de dispositivos de uso pessoal, ao lado de smartphones e também de fones de ouvido. À época, o vice-presidente dessa área no Google manifestou publicamente o interesse da empresa de desenvolver sistemas operacionais para relógios inteligentes e também de fabricá-los.

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Mas o anúncio ligou o alerta nas agências anti-truste e em grupos de defesa da privacidade. Particularmente na União Europeia. O anúncio apontava para o fato de como gigantes de tecnologia podem alavancar seu controle sobre dados para se tornarem cada vez mais poderosas. Reguladores também enfrentam críticas de que foram permissivos demais ao permitir acordos de tecnologia, como a aquisição do WhatsApp pelo Facebook por 19 bilhões de dólares em 2014 e a compra do Instagram por 1 bilhão em 2012.

Apesar da preocupação inicial, a União Europeia não enviou à Alphabet, companhia-mãe do Google, uma lista com motivos de por que poderia se opor ao negócio, de acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg. O Google teria inclusive ganhado uma extensão de prazos de negociação com a Comissão Europeia, o que deixaria pouca margem para que as autoridades notificassem o Google de eventuais irregularidades com prazo mais amplo.

Em julho, a União Europeia havia anunciado que irá conduzir uma investigação sobre o negócio entre a Fitbit e o Google, a fim de analisar se isso poderia dar vantagens de dados para a empresa, como poderia impactar o mercado de saúde e tecnologia, além de se haveria interferência no funcionamento de dispositivos terceiros em smartphones Android, sistema operacional desenvolvido também pelo Google.

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