Exame Logo

Apps de aptidão física eclipsam TVs 3D nas CES

Cerca de 300 das 3.300 companhias que se apresentarão na conferência, que começa em 7 de janeiro, estão focadas na saúde digital

Participante da CES 2013 filma uma televisão da LG Electronics usando um óculos 3D, em Las Vegas, janeiro de 2013 (Andrew Harrer/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2014 às 17h17.

Portland/San Francisco - O cardiologista Samir Damani nunca encaixou realmente na International CES em Las Vegas, onde abundam as TVs 3D, os carros conectados e os últimos consoles de videogames. Até este ano.

Como fundador da MD Revolution Inc., Damani está desenvolvendo software que permite aos consumidores monitorar sua saúde, nutrição e estado físico usando smartphones . Na CES, anteriormente chamada Consumer Electronics Show, ele apresentará o RevUp, que emprega dados de dispositivos como a balança Wi-Fi da Fitbit e o monitor de pressão sanguínea da Withings e os suplementa com testes de laboratório para fornecer conselhos personalizados.

Cerca de 300 das 3.300 companhias que se apresentarão na conferência, que começa em 7 de janeiro, estão focadas na saúde digital, disse Gary Shapiro, presidente da Associação de Produtos Eletrônicos para Consumidores. No intuito de ganhar clientes em um mercado que deverá quadruplicar até 2018, as empresas estão apresentando monitores usáveis da saúde e do estado físico, sensores para o lar e software para unir tudo, fornecendo dados em tempo real para os consumidores.

“Realmente, estamos passando de uma sociedade centrada nos médicos para uma centrada nos pacientes”, disse Damani em uma entrevista. “Estamos tentando dar controle às pessoas”.

A CES, que no ano passado atraiu mais de 152.000 pessoas, dedicará 40 por cento a mais de espaço físico para os expositores de saúde digital neste ano do que em 2013. A LG Electronics Inc. apresentará uma faixa de fitness, a Reebok International Ltd. exibirá um boné com sensores, e a startup Lively Inc., que fabrica sensores para pessoas idosas, mostrará tecnologia que permite a outros desenvolvedores ligar-se a seus produtos.

Desafios da saúde

Apesar de sua crescente popularidade, os aplicativos usáveis ligados à saúde e à aptidão física têm limitações, disse Nick Martin, vice-presidente do grupo de inovação e pesquisa da seguradora UnitedHealth Group Inc. Embora a tecnologia possa ajudar os consumidores a monitorarem suas atividades e melhorarem seus hábitos, não eliminará a necessidade de cuidados tradicionais, disse Martin.

“Ainda que um dispositivo pessoal usável certamente constitua uma tendência, não necessariamente substitui um velho e bom encontro pessoalmente”, disse Martin. “Vemos essa tecnologia como uma forma de aumentar o cuidado”.


Cada vez mais companhias estão entrando na categoria de saúde digital agora que os reguladores esclareceram sua posição. Em setembro, a Administração Americana de Alimentos e Drogas disse que somente supervisionaria os aplicativos para dispositivos móveis que fossem usados como dispositivos médicos e que exerceria uma “vigilância discreta do cumprimento da lei” sobre os aplicativos ligados à aptidão física.

Queda dos custos

Os custos decrescentes dos componentes de hardware e a crescente necessidade dos consumidores de reduzirem os gastos médicos também estão incentivando a inovação, disse Rob Lineback, analista na empresa de pesquisa de chips IC Insights Inc. O preço médio de um sistema de aptidão física para dispositivos móveis cairá de US$ 215 atualmente para US$ 100 até 2017, disse Lineback.

“Muitas pessoas se preocupam com a saúde”, disse Lineback. “Agora, elas têm alguns dispositivos para poder acompanhar a própria saúde sem ter que ir sempre ao médico”.

A linha entre os dispositivos de saúde e os que controlam o estado físico está desaparecendo. A Reebok, fabricante de itens esportivos, participará da CES pela primeira vez neste ano após lançar CheckLight, um gorro cujos sensores estão desenhados para acompanhar lesões na cabeça. A startup Zamzee anunciará na CES que está trabalhando com a UnitedHealthcare Services Inc. para oferecer seu dispositivo usável de US$ 30 que permite as crianças acompanhar a própria saúde e obter recompensas.

A GrandCare Systems LLC, que apresentará sua tecnologia de cuidado para idosos na CES, espera que a receita aumente seis vezes em 2014 através da expansão das suas vendas no Reino Unido, na Austrália, na Nova Zelândia e em outros países, disse seu presidente Daniel Maynard. A companhia também planeja vender seu serviço de monitoramento na Amazon.com e em seu próprio site de comércio eletrônico.

“Antes, a instalação tinha um aspecto técnico”, disse Maynard. “Hoje, já está pronta para os consumidores”.

Veja também

Portland/San Francisco - O cardiologista Samir Damani nunca encaixou realmente na International CES em Las Vegas, onde abundam as TVs 3D, os carros conectados e os últimos consoles de videogames. Até este ano.

Como fundador da MD Revolution Inc., Damani está desenvolvendo software que permite aos consumidores monitorar sua saúde, nutrição e estado físico usando smartphones . Na CES, anteriormente chamada Consumer Electronics Show, ele apresentará o RevUp, que emprega dados de dispositivos como a balança Wi-Fi da Fitbit e o monitor de pressão sanguínea da Withings e os suplementa com testes de laboratório para fornecer conselhos personalizados.

Cerca de 300 das 3.300 companhias que se apresentarão na conferência, que começa em 7 de janeiro, estão focadas na saúde digital, disse Gary Shapiro, presidente da Associação de Produtos Eletrônicos para Consumidores. No intuito de ganhar clientes em um mercado que deverá quadruplicar até 2018, as empresas estão apresentando monitores usáveis da saúde e do estado físico, sensores para o lar e software para unir tudo, fornecendo dados em tempo real para os consumidores.

“Realmente, estamos passando de uma sociedade centrada nos médicos para uma centrada nos pacientes”, disse Damani em uma entrevista. “Estamos tentando dar controle às pessoas”.

A CES, que no ano passado atraiu mais de 152.000 pessoas, dedicará 40 por cento a mais de espaço físico para os expositores de saúde digital neste ano do que em 2013. A LG Electronics Inc. apresentará uma faixa de fitness, a Reebok International Ltd. exibirá um boné com sensores, e a startup Lively Inc., que fabrica sensores para pessoas idosas, mostrará tecnologia que permite a outros desenvolvedores ligar-se a seus produtos.

Desafios da saúde

Apesar de sua crescente popularidade, os aplicativos usáveis ligados à saúde e à aptidão física têm limitações, disse Nick Martin, vice-presidente do grupo de inovação e pesquisa da seguradora UnitedHealth Group Inc. Embora a tecnologia possa ajudar os consumidores a monitorarem suas atividades e melhorarem seus hábitos, não eliminará a necessidade de cuidados tradicionais, disse Martin.

“Ainda que um dispositivo pessoal usável certamente constitua uma tendência, não necessariamente substitui um velho e bom encontro pessoalmente”, disse Martin. “Vemos essa tecnologia como uma forma de aumentar o cuidado”.


Cada vez mais companhias estão entrando na categoria de saúde digital agora que os reguladores esclareceram sua posição. Em setembro, a Administração Americana de Alimentos e Drogas disse que somente supervisionaria os aplicativos para dispositivos móveis que fossem usados como dispositivos médicos e que exerceria uma “vigilância discreta do cumprimento da lei” sobre os aplicativos ligados à aptidão física.

Queda dos custos

Os custos decrescentes dos componentes de hardware e a crescente necessidade dos consumidores de reduzirem os gastos médicos também estão incentivando a inovação, disse Rob Lineback, analista na empresa de pesquisa de chips IC Insights Inc. O preço médio de um sistema de aptidão física para dispositivos móveis cairá de US$ 215 atualmente para US$ 100 até 2017, disse Lineback.

“Muitas pessoas se preocupam com a saúde”, disse Lineback. “Agora, elas têm alguns dispositivos para poder acompanhar a própria saúde sem ter que ir sempre ao médico”.

A linha entre os dispositivos de saúde e os que controlam o estado físico está desaparecendo. A Reebok, fabricante de itens esportivos, participará da CES pela primeira vez neste ano após lançar CheckLight, um gorro cujos sensores estão desenhados para acompanhar lesões na cabeça. A startup Zamzee anunciará na CES que está trabalhando com a UnitedHealthcare Services Inc. para oferecer seu dispositivo usável de US$ 30 que permite as crianças acompanhar a própria saúde e obter recompensas.

A GrandCare Systems LLC, que apresentará sua tecnologia de cuidado para idosos na CES, espera que a receita aumente seis vezes em 2014 através da expansão das suas vendas no Reino Unido, na Austrália, na Nova Zelândia e em outros países, disse seu presidente Daniel Maynard. A companhia também planeja vender seu serviço de monitoramento na Amazon.com e em seu próprio site de comércio eletrônico.

“Antes, a instalação tinha um aspecto técnico”, disse Maynard. “Hoje, já está pronta para os consumidores”.

Acompanhe tudo sobre:AppsCESGadgetsIndústria eletroeletrônicaTabletsTelevisãoTV

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Tecnologia

Mais na Exame