As bibliotecas de anúncios dentro dos apps são fornecidas aos desenvolvedores pelo Google ou por terceiros (sxc.hu)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2012 às 20h14.
São Paulo – Pesquisadores identificaram que aplicações móveis que integram anúncios podem gerar riscos de segurança e privacidade aos usuários.
O estudo, realizado pela Universidade da Carolina do Norte, examinou mais de 100 mil apps disponíveis na Google Play e identificou que mais da metade deles mantinha uma biblioteca de anúncios, enquanto 297 apps possuíam bibliotecas de anúncios mais agressivas, que poderiam baixar e rodar códigos a partir de servidores remotos.
Os pesquisadores também identificaram que mais de 48 mil aplicativos poderiam rastrear a localização do usuário via GPS, acessar os resumos de chamadas e agenda de contatos, além acessar a listagem de todos os apps armazenados no aparelho.
Segundo os pesquisadores, os códigos baixados pelo servidor remoto pode trazer qualquer tipo de conteúdo, inclusive maliciosos. É possível que aplicativos mal intencionados acessem o aparelho e roubem dados do usuário sem consentimento.
As bibliotecas de anúncios dentro dos apps, que recuperam as propagandas a partir de servidores remotos para exibir os anúncios no smartphone, são fornecidas aos desenvolvedores pelo Google ou por terceiros.
O problema é que essas bibliotecas recebem as mesmas permissões dadas ao aplicativo durante sua instalação, sem que o usuário possa separar as duas informações.
“O formato atual de embedar diretamente as bibliotecas ao aplicativo pode ser conveniente para o desenvolvedor, mas fundamentalmente podem introduzir riscos de segurança e na privacidade do usuário”, afirma o estudo.
Os pesquisadores sugerem a todas as plataformas móveis como Android, iOS e Windows Phone, que as bibliotecas sejam isoladas dos aplicativos e que recebam permissões distintas.