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Apple retira taxa obrigatória de 30% para alguns serviços do Facebook

Remoção temporária irá durar até o fim de 2020, mas o aplicativo Facebook Gaming não está incluso

Facebook: empresa consegue isenção temporária de taxa da App Store para alguns de seus produtos (Dado Ruvic/Reuters)

Facebook: empresa consegue isenção temporária de taxa da App Store para alguns de seus produtos (Dado Ruvic/Reuters)

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Maria Eduarda Cury

Publicado em 25 de setembro de 2020 às 18h28.

Última atualização em 25 de setembro de 2020 às 18h32.

Recentemente, grandes empresas começaram a se declarar contra a taxa obrigatória de 30% exigida pela Apple dentro da App Store. Agora, a fabricante do iPhone disse que irá retirar a taxa temporariamente apenas para eventos da plataforma pagos pelo serviço "Facebook Pay".

A decisão é considerada uma pequena vitória das empresas que disponibilizam seus produtos na loja digital da Apple, que não têm alternativa a não ser receber 70% dos pagamentos — embora a permissão só tenha sido dada, de forma parcial, para o Facebook. A empresa já havia requisitado essa mudança para a Apple no começo deste ano, mas o pedido havia sido negado.

Com isso, a empresa de Mark Zuckerberg anunciou que não irá cobrar as taxas de empresas e criadores de conteúdo que vivem da rede social — com exceção dos criadores de conteúdo de jogos, que utilizam o "Facebook Gaming". Segundo a Apple, os modelos de negócios desses profissionais não foram afetados pelo fato de trabalharem em casa desde antes da pandemia causada pelo novo coronavírus.

Embora a remoção da taxa dure apenas até o final de 2020, o Facebook comentou que não irá cobrar as taxas das empresas e dos criadores de conteúdos até agosto de 2021. Para o The Verge, a Apple confirmou que segue a mesma política de isenção de taxas com os aplicativos Airbnb e ClassPass.

A movimentação contra as taxas obrigatórias da Apple ganhou mais força quando a Epic Games, dona do jogo eletrônico Fortnite, realizou uma campanha nas redes sociais contra a obrigatoriedade da comissão. Algum tempo depois, nomes como Spotify e Microsoft também entraram no embate.

Embora seja um avanço, o Facebook deu a entender que não irá se contentar com essa pequena mudança. Para o The Verge, o porta-voz do Facebook, Joe Osborne, comentou que a isenção temporária não é o suficiente. “A Apple concordou em fornecer um breve intervalo de três meses após o qual as empresas em dificuldades terão de, mais uma vez, pagar à Apple o imposto total de 30% da App Store”, disse Osborne.

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