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Apple e Microsoft retomam guerra dos tablets

iPad mini terá provável lançamento no dia 23 de outubro, três dias antes da chegada ao mercado do tablet Surface, da Microsoft

Tablet Microsoft Surface: a Microsoft deveria começar a comercializar produtos em 26 de outubro (Reprodução / Microsoft)
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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2012 às 21h10.

Los Angeles - A guerra dos tablets foi retomada com o anúncio feito pela Apple, esta terça-feira, de uma misteriosa apresentação, provavelmente da versão mini de seu iPad, em 23 de outubro, três dias antes do lançamento do concorrente da Microsoft, Surface.

No convite enviado esta terça, a Apple não especificou o motivo do evento que organiza em San José, Califórnia, dizendo simplesmente, "Temos um pouco mais para te mostrar".

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Mas a imprensa especializada especula há semanas sobre o lançamento de um iPad menor, que permitiria à Apple manter sua competitividade com os tablets menores e menos caros da Google e da Amazon.

A confirmação da data, que já teria vazado, foi bem recebida na Bolsa, onde as ações da Apple fecharam com lucro de 2,37% a 649,79 dólares.

"O evento parece ter sido planejado para ajudar a desviar a atenção da Microsoft, que deve lançar (a nova versão de seu sistema operacional) Windows 8 e seu tablet Surface no fim desta semana", avaliam os analistas do Barclays.


A Microsoft deveria começar a comercializar os dois produtos em 26 de outubro e anunciou oportunamente esta terça-feira que o tablet Surface, apresentado em junho e com o qual ingressou no mercado dos tablets, estaria disponível a partir dos 499 dólares nos Estados Unidos, exatamente o mesmo preço do iPad atual.

O Surface será inicialmente lançado em sete países: além de Estados Unidos e Canadá, estão na lista França, Alemanha, Reino Unido, Austrália e China (incluindo Hong Kong).

O dispositivo tem mais memória do que o iPad pelo mesmo preço (64 GB ao invés de 32). No entanto, "não estamos certos de que isto seja motivação suficiente para desviar os consumidores do iPad", afirmaram analistas do Citi.

A opinião foi aparentemente partilhada pela Bolsa, onde as ações da Microsoft estancaram em comparação com o dia anterior (-0,07% a 29,49 dólares).

O Citi destacou que a Microsoft provavelmente teve que fazer um "compromisso", um preço baixo demais com risco de ser mal recebido pelos grupos informáticos com os quais tem alianças, e que já fabricam suas próprias marcas de tablets que funcionam com o Windows.

Mas os analistas se dizem "céticos sobre as possbilidades de um novo concorrente no mercado dos tablets que busca competir (com os atores do mercado) unicamente pelas funcionalidades".

"A realidade é que há produtos suficientes que atraem os consumidores com preços baixos para que o Surface fique em desvantagem antes da temporada de festas", acrescentam.

A concorrência é cada vez mais volumosa no mercado e para se destacar, algumas empresas não hesitam em ser muito agressivas nos preços: a Amazon, por exemplo, não esconde que na verdade não busca fazer dinheiro com seus tablets, mas se concentra nos ganhos derivados de conteúdo específico. A varejista digital anunciou no começo de setembro as novas versões de seu Kindle Fire a partir de 199 dólares.

Uma estratégia que parece funcionar, já que a Amazon anunciou, no final de agosto, ter conseguido conquistar 22% do mercado americano com a primeira versão do Kindle Fire.

Inclusive a Apple, cujo líder iPad representa ainda 17 dos 25 milhões de tablets vendidos no segundo trimestre, parece obrigada a reagir diante desta pressão.

O iPad Mini poderia, portanto, ser vendido a preços a partir de 249 dólares, segundo o Barclays.

De acordo com os boatos, o iPad Mini teria uma tela de 7,85 polegadas (19,9 cm), frente às 9,7 polegadas (24,6 cm) da versão atual.

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