Tecnologia

Apple abre iTunes Store com músicas mais baratas no Brasil

A loja iTunes, da Apple, chega ao Brasil com 20 milhões de músicas e mais de mil filmes. E muitas músicas são até 30% mais baratas no Brasil que os EUA

Roberto Carlos, Marisa Monte e Ivete Sangalo estão entre os artistas brasileiros na iTunes Store (Reprodução)

Roberto Carlos, Marisa Monte e Ivete Sangalo estão entre os artistas brasileiros na iTunes Store (Reprodução)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 13 de dezembro de 2011 às 18h29.

São Paulo — Acostumados a pagar mais que os moradores de outros países por produtos eletrônicos, carros e até livros, os brasileiros podem ter uma surpresa ao entrar na nova loja de música e filmes iTunes, da Apple. Lá, muitas das faixas e álbuns mais baixados têm preços até 30% inferiores aos da iTunes Store americana. Outra boa notícia é que o Brasil é o primeiro país, depois dos Estados Unidos, a ter acesso ao serviço iTunes Match.

A loja de músicas da Apple chega ao Brasil oito anos depois da sua inauguração nos Estados Unidos. Ela traz um catálogo de 20 milhões de músicas, incluindo artistas brasileiros como Ivete Sangalo, Marisa Monte e Roberto Carlos, que tem seus trabalhos vendidos por download pela primeira vez. Nomes de sucesso mundial como Beatles, Rihanna e Coldplay também estão no catálogo.

Músicas mais baratas

Há títulos das gravadoras EMI, Sony Music, Universal e Warner, além de muitas independentes. O interessante é que muitas das músicas são vendidas no Brasil por preços menores que nos Estados Unidos. A faixa Someone Like You, da cantora Adele, por exemplo, é a mais baixada no Brasil, onde custa 0,99 dólar. Nos Estados Unidos, seu preço é 1,29 dólar, 30% maior.

Já o álbum mais vendido, 21, da mesma cantora, custa 10,99 dólares nos Estados Unidos e 10,89 dólares no Brasil. A diferença é de apenas 10 centavos, mas é a favor dos brasileiros. Isso também acontece com trabalhos de outros artistas. O álbum Lioness: Hidden Treasures, de Amy Wynehouse, custa 10,99 dólares nos Estados Unidos, e 1 dólar a menos no Brasil. É o quinto mais baixado pelos brasileiros. 

A compra das músicas é feita por meio do aplicativo iTunes, da Apple, disponível para Mac e Windows, o dos app incluído no iPhone, no iPad e no iPod touch. Os brasileiros também já têm acesso gratuito ao serviço iTunes in the Cloud, que faz parte do pacote iCloud, da Apple. Ele permite que a pessoa baixe as músicas compradas em vários dispositivos – iPhone, iPad, iPod touch, Mac e PC. 


O Brasil é o primeiro país, depois dos Estados Unidos, a ter acesso ao serviço iTunes Match. Por 24,99 dólares anuais, ele permite que a pessoa armazene músicas obtidas de outras fontes (como CDs) no serviço de computação em nuvem da Apple. Se a música fizer parte do catálogo da loja iTunes, ela não será fisicamente carregada no servidor. Em vez disso, o usuário terá acesso à cópia da loja para ouvir em seus outros dispositivos.

Filmes

Na área de filmes da iTunes Store brasileira, o catálogo é menor, com cerca mil títulos. Mas há sucesso recentes como Os Smurfs e Planeta dos Macacos – A Origem. Há produções de estúdios como 20th Century Fox, Paramount, Sony Pictures, Universal, Disney e Warner. Alguns filmes estão disponíveis apenas para venda, enquanto outros podem ser, também, alugados. Os preços são, em geral, iguais no Brasil e nos Estados Unidos. A maioria fica na faixa de 10 a 15 dólares para compra e na de 1 a 4 dólares para aluguel. 

Além do Brasil, a Apple abriu sua loja de música e filmes hoje em mais 15 países da América Latina. Em todos eles, as músicas estão sendo vendidas no formato AAC sem restrições à cópia dos arquivos. É uma mudança em relação aos primeiros anos da loja iTunes, quando todos os arquivos tinham um sistema de proteção contra cópias que limitava o que o usuário podia fazer com eles.

O que ainda falta na loja

Faltam, agora, duas coisas para a iTunes Store brasileira ficar completa. A primeira é a Apple passar a vender livros no Brasil. Hoje, os brasileiros podem baixar apenas obras gratuitas na loja da maçã. Essa deficiência acaba sendo suprida por outras lojas online, como a Amazon, que já tem milhares de livros brasileiros em seu catálogo.

A segunda coisa é a Apple ampliar o cardápio de jogos disponíveis na App Store. Os brasileiros continuam sem acesso a títulos de enorme sucesso como Angry Birds. Uma razão para isso está numa norma brasileira que obriga os produtores de jogos a submeter esses programas a uma censura classificatória no Brasil, mesmo que eles já tenham sido classificados em outros países. É um nó que pode demorar bastante para ser desatado.

Acompanhe tudo sobre:AppleArteComputação em nuveme-commerceEmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaEntretenimentoiCloudIndústria da músicaiTunesMúsicaTecnologia da informação

Mais de Tecnologia

Como o Google Maps ajudou a solucionar um crime

China avança em logística com o AR-500, helicóptero não tripulado

Apple promete investimento de US$ 1 bilhão para colocar fim à crise com Indonésia

Amazon é multada em quase R$ 1 mi por condições inseguras de trabalho nos EUA