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App espião do Facebook coletou dados de 187 mil pessoas

A rede social pagava US$ 20 ao mês para usuários que topassem usar um aplicativo de pesquisa da companhia, o Research, que pegava dados particulares

Facebook: o Research coletava conversas privadas trocadas pelo WhatsApp e Facebook Messenger, além de buscas e atividades de navegação (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de junho de 2019 às 16h56.

O Facebook coletou dados pessoais de 187 mil usuários por meio do seu app espião Facebook Research, que foi banido da loja de aplicativos da Apple este ano por violar as regras de conduta da plataforma. A notícia é do site TechCrunch, que teve acesso a documentos sobre o assunto.

A rede social revelou detalhes sobre caso em um carta enviada ao senador norte-americano Richard Blumenthal. A empresa disse que coletou dados de 31 mil usuários nos Estados Unidos, incluindo 4,3 mil adolescentes — a maioria das informações, no entanto, foi coletada de usuários da Índia.

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O Facebook está prestando esclarecimentos para autoridades devido a um caso revelado no fim de janeiro, pelo TechCrunch. A reportagem dizia que a rede social pagava US$ 20 ao mês para usuários que topassem usar um aplicativo de pesquisa da companhia, o Facebook Research. A opção estava disponível para usuários de smartphones entre 13 e 35 anos nos Estados Unidos e na Índia.

 

Esta semana, a empresa de Mark Zuckerberg relançou o seu aplicativo de pesquisa com o nome de Study — que estará disponível na loja de aplicativos do Google para usuários que forem aprovados pela empresa Applause, parceira do Facebook. A rede social disse que será transparente em relação à coleta os dados dos usuários. O vice-presidente de políticas públicas do Facebook, Kevin Martin, defendeu a companhia dizendo que pesquisas como essa são uma "prática relativamente conhecida na indústria".

Entenda o caso do app espião do Facebook

Segundo o TechCrunch, o app espião Facebook Research dava acesso total às ações informações do usuário no celular para a rede social de Zuckerberg. Entre as informações coletadas pelo Facebook estavam as conversas privadas trocadas pelo WhatsApp e Facebook Messenger, além de buscas e atividades de navegação e fotos de compras feitas no site da Amazon.

Segundo a publicação, o programa, chamado de Project Atlas, tem funcionamento semelhante ao do aplicativo de VPN (virtual private network, em inglês) Onavo, banido da loja de aplicativos oficial da Apple em agosto do ano passado. No dia seguinte à reportagem do TechCrunch que relevou as práticas do Facebook Research, a Apple bloqueou e retirou o aplicativo de sua loja.

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