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Após confusão, Villa-Lobos terá mais três 'rolezinhos'

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente, responsável pela administração do Villa-Lobos, disse que os parques estaduais estão preparados para receber grandes públicos.

rolezinho (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2014 às 06h40.

Ao menos três "rolezinhos" estão marcados pelas redes sociais no Parque Villa-Lobos, no Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, ainda neste mês. No domingo passado, um encontro de cerca de 200 jovens terminou em confusão no parque. Segundo a Polícia Militar, houve denúncias de tumulto generalizado, depredação e pichação no estacionamento, mas ninguém foi detido. Uma das entradas ficou fechada por 40 minutos.

Diferentemente do que costumava acontecer nos "rolezinhos" de shoppings no ano passado, os encontros nos parques são marcados por muitos grupos diferentes em um mesmo dia. Pelo menos quatro páginas no Facebook convocavam jovens para ir ao Parque Villa-Lobos anteontem. O organizador de uma delas disse que, apesar de não ter visto o tumulto, não deve mais combinar encontros no local. "Nós vamos há muito tempo lá, mas estamos pensando em parar de ir por causa dessa confusão. No domingo, tivemos de pegar ônibus de volta para casa em um ponto mais distante por causa do tumulto."

Segundo a PM, quando a viatura chegou, os adolescentes se dispersaram. A Secretaria da Segurança Pública disse que nenhum boletim de ocorrência foi registrado no 14.º DP (Pinheiros) ou no 91.º DP (Ceagesp), os mais próximos do parque.

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente, responsável pela administração do Villa-Lobos, disse que os parques estaduais estão preparados para receber grandes públicos. "Os shows frequentemente realizados com dezenas de milhares de pessoas são exemplos de que é possível oferecer com segurança lazer e recreação." Em relação ao policiamento, a secretaria informou que o Villa-Lobos tem 60 vigilantes nos finais de semana e feriados e uma unidade fixa da Polícia Militar.

O Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, também foi palco de tumulto por causa de um "rolezinho" no fim de semana. No sábado houve uma briga entre adolescentes, mas, segundo a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), o princípio de confusão foi controlado pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a segurança privada do parque. A secretaria e a GCM se encontram com os organizadores dos "rolezinhos" antes dos eventos para que o "conforto dos visitantes", a fauna e a flora não sejam prejudicados.

De fora. Segundo o MC Chaveirinho, de 20 anos, um dos principais organizadores de "rolezinhos", os encontros que terminaram em tumulto no fim de semana não foram organizados por integrantes da Associação Cultural Rolezinho Voz do Brasil.

A associação dialoga desde o mês passado com o poder público para que os encontros que antes aconteciam em shoppings aconteçam em espaços públicos. "Nós não queremos mais fazer nada bagunçado. Vamos ter uma reunião com a Prefeitura nesta semana para definir as datas dos eventos que devem ter policiamento e ambulância." A Prefeitura não confirmou o encontro.

Para o criminólogo Danilo Cymrot, que estuda a criminalização de movimentos ligados ao funk, é cedo para avaliar o sucesso dos "rolezinhos" nos parques, mas é preciso ter cuidado ao focar em eventos isolados. "Temos de tomar cuidado para não colocar o foco em brigas pontuais, de uma forma que tire a legitimidade de uma política de ocupação do espaço público, que é meritória."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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