Tecnologia

Aplicativo é arma da Decolar para vender mais viagens

Empresa quer oferecer passagens e pacotes de viagem exclusivos por meio do app e também tirar proveito da geolocalização

Decolar: aplicativo é responsável por 40% das vendas da empresa atualmente no Brasil (Divulgação/Decolar.com)

Decolar: aplicativo é responsável por 40% das vendas da empresa atualmente no Brasil (Divulgação/Decolar.com)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 9 de setembro de 2016 às 07h00.

Última atualização em 11 de abril de 2017 às 17h04.

São Paulo – Assim como Uber e Airbnb, a Decolar se identifica como uma empresa de tecnologia, apesar de atuar no segmento de turismo. Sob nova gestão, a companhia tem foco no seu aplicativo para oferecer passagens aéreas e pacotes de viagens personalizados.

Com 24 milhões de downloads, entre eles, 8 milhões no Brasil, o app é uma arma importante dentro da estratégia da Decolar, responsável, hoje, por 40% das suas vendas. Em um levantamento publicado em primeira mão por EXAME.com, a companhia revela que o público masculino é o que mais compra por meio do smartphone. O estudo mostra que 54% dos consumidores são homens e 46% são mulheres que concluem transações pelo app, disponível para smartphones Android e iPhones.

Em entrevista, Andre Alves, country manager da Decolar no Brasil, contou que o plano agora é oferecer ofertas melhores para os brasileiros utilizando o recurso de geolocalização do celular. O Brasil, que é o maior mercado da empresa na América Latina, tem peculiaridades e uma densidade populacional acima da média global. Apesar disso, a variação cambial tem impacto direto nos destinos mais procurados. Se o dólar sobe, o mercado doméstico aquece. Se ele cai, é a vez do internacional, segundo Alves.

O investimento em tecnologia da empresa, que conta com software próprio de gestão de ofertas, criado por uma equipe de TI de mais de 800 pessoas baseadas na Argentina, foca na disponibilização de uma plataforma online que seja estável e que minimize a frustração do consumidor que tenta aproveitar uma oferta de passagem. "Temos números que mostram que o internauta procura o nosso site ou aplicativo para completar a compra de uma passagem que não conseguiu realizar em outro site", declarou Alves, destacando a estabilidade dos canais de venda da empresa, oferecida por servidores proprietários.

A companhia não adota soluções de e-commerce populares, como Vtex e Infracommerce, por conta da agilidade que se obtém ao manter uma equipe de TI própria. "Esse segmento é muito específico, essas fornecedoras teriam que fazer muitas mudanças em suas plataformas e não conseguiríamos atuar como atuamos com uma equipe própria", disse Alves.

Para cuidar do aplicativo, a equipe de desenvolvedores conta com cerca de 90 pessoas, também baseada na Argentina, otimiza uma das principais armas da empresa para vendas: o envio de notificações de promoções exclusivas, ou seja, que não são divulgadas pela empresa por meio de outros canais, como site e e-mail.

Até onde pode prever, Alves afirma que o smartphone é o caminho para expandir as vendas da empresa. "Temos que estar onde o consumidor está. Quem não fizer isso não irá para frente", disse.

A Decolar, chamada Despegar na Argentina, foi fundada há 17 anos e atua em 20 países. Seu faturamento é de aproximadamente 4 bilhões de reais por ano, sendo que o Brasil é responsável por metade desse número.

O principal acionista da empresa é o fundo americano chamado Tiger Global Management, mas a Expedia tem cerca 20% do negócio, após uma aquisição no valor de 270 milhões de dólares no ano passado.

Confira a seguir mais alguns dados da pesquisa exclusiva da Decolar compartilhada com EXAME.com.

  • As mulheres realizam compras 10% mais caras do que os homens… mas elas pesquisam mais: mulheres fazem cerca de 10% a mais de buscas e consultas do que os homens e ainda utilizam o alerta de preços mais baratos 2 vezes mais;
  • Homens compram mais viagens no meio do ano, enquanto as mulheres antecipam as compras referentes às férias de fim de ano;
  • O público masculino tem um fraco pelos carros: entre eles, o aluguel de veículos é 2,5 maior;
  • Na escolha de hotéis, os homens se baseiam no filtro de preços, regiões e reputação, enquanto as mulheres analisam o conforto e diferenciais do local, como piscinas ou SPA.
Acompanhe tudo sobre:AppsDecolarEmpresasIndústria eletroeletrônicaSmartphonesTurismo

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble