Aparelho deve facilitar partos em situações de emergência
Aparelho é baseado em uma técnica usada para remover rolhas de dentro de garrafas
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2013 às 14h03.
São Paulo - Uma ideia e um aparelho simples devem ajudar a salvar vidas de recém-nascidos em breve. Idealizado pelo mecânico argentino Jorge Odón, o dispositivo que leva seu nome desentala um bebê preso no canal vaginal – e por mais inusitado que pareça, é baseado em uma técnica usada para remover rolhas de dentro de garrafas.
As informações são do jornal The New York Times, que afirma ainda que a ideia recebeu apoio da Organização Mundial de Saúde ( OMS ) e já foi até licenciada por uma empresa norte-americana de tecnologia médica. O dispositivo consiste em uma bolsa plástica, inserida dentro de uma proteção feita do mesmo material e que envolve a cabeça da criança.
Com tudo devidamente posicionado, a bolsa é inflada para aderir à cabeça e ser puxada aos poucos, de forma a não machucar o bebê. Ao NYT, médicos disseram que a ferramenta tem potencial para salvar vidas em países mais pobres e até reduzir o número de cesarianas nos mais ricos – mesmo indicados apenas para situações emergenciais, os partos do tipo passam da casa dos 30% (PDF) nos Estados Unidos, por exemplo.
O método do Odón Device deve substituir outros mais arcaicos, como o fórceps ou os tubos de sucção. Apesar da popularidade de ambos, se usados por mãos mal treinadas, podem comprometer a vida do bebê – algo que, segundo os especialistas ouvidos pelo NYT, não deve acontecer com o novo conceito.
A empresa responsável pela futura produção em massa do dispositivo será a gigante (no ramo) Becton, Dickinson and Company, ou BD. Não se sabe quando ele começará a ser produzido e nem o preço que será cobrado pela companhia, mas, segundo o vice-presidente Gary M. Cohen, ele não passará dos 50 dólares – com redução no custo em países mais pobres.
Por ora, o Odón Device ainda está em fase de testes, e a OMS o levará à China, Índia e África do Sul. Nos três países, ele será usado com 100 mulheres em parto normal e outras 170 com problemas no processo – justamente o foco do dispositivo. Depois disso, se bem-sucedido, é provável que o caminho para a produção seja aberto.
No vídeo abaixo – uma reportagem do canal France 24 –, dá para entender melhor como o aparelho funciona. Segundo a matéria, até a data, 12 crianças já haviam nascido com a ajuda do dispositivo, que não puxa a cabeça de um bebê de forma forçada e não deve machucá-lo.
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São Paulo - Uma ideia e um aparelho simples devem ajudar a salvar vidas de recém-nascidos em breve. Idealizado pelo mecânico argentino Jorge Odón, o dispositivo que leva seu nome desentala um bebê preso no canal vaginal – e por mais inusitado que pareça, é baseado em uma técnica usada para remover rolhas de dentro de garrafas.
As informações são do jornal The New York Times, que afirma ainda que a ideia recebeu apoio da Organização Mundial de Saúde ( OMS ) e já foi até licenciada por uma empresa norte-americana de tecnologia médica. O dispositivo consiste em uma bolsa plástica, inserida dentro de uma proteção feita do mesmo material e que envolve a cabeça da criança.
Com tudo devidamente posicionado, a bolsa é inflada para aderir à cabeça e ser puxada aos poucos, de forma a não machucar o bebê. Ao NYT, médicos disseram que a ferramenta tem potencial para salvar vidas em países mais pobres e até reduzir o número de cesarianas nos mais ricos – mesmo indicados apenas para situações emergenciais, os partos do tipo passam da casa dos 30% (PDF) nos Estados Unidos, por exemplo.
O método do Odón Device deve substituir outros mais arcaicos, como o fórceps ou os tubos de sucção. Apesar da popularidade de ambos, se usados por mãos mal treinadas, podem comprometer a vida do bebê – algo que, segundo os especialistas ouvidos pelo NYT, não deve acontecer com o novo conceito.
A empresa responsável pela futura produção em massa do dispositivo será a gigante (no ramo) Becton, Dickinson and Company, ou BD. Não se sabe quando ele começará a ser produzido e nem o preço que será cobrado pela companhia, mas, segundo o vice-presidente Gary M. Cohen, ele não passará dos 50 dólares – com redução no custo em países mais pobres.
Por ora, o Odón Device ainda está em fase de testes, e a OMS o levará à China, Índia e África do Sul. Nos três países, ele será usado com 100 mulheres em parto normal e outras 170 com problemas no processo – justamente o foco do dispositivo. Depois disso, se bem-sucedido, é provável que o caminho para a produção seja aberto.
No vídeo abaixo – uma reportagem do canal France 24 –, dá para entender melhor como o aparelho funciona. Segundo a matéria, até a data, 12 crianças já haviam nascido com a ajuda do dispositivo, que não puxa a cabeça de um bebê de forma forçada e não deve machucá-lo.
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