Tecnologia

Aparelho detecta problemas cardíacos em fase inicial

Cientistas criaram um mecanismo que percebe problemas no órgão em tempo real

O paciente pode receber as informações sobre seu coração pelo celular (Franko Lee/AFP)

O paciente pode receber as informações sobre seu coração pelo celular (Franko Lee/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2011 às 16h16.

Genebra - Uma equipe de pesquisadores da Universidade Politécnica de Lausanne, na Suíça, fabricou um dispositivo eletrônico que detecta anomalias no ritmo cardíaco da pessoa em tempo real e envia a informação do eletrocardiograma, já analisada, ao próprio paciente e a seu médico.

O líder do estudo, o espanhol David Atienza, disse à Efe que ao contrário de outros aparatos, este é capaz de interpretar dados e avisar quando algo sai do normal.

'Até agora, este tipo de dispositivo apenas coletava informação, que mais tarde tinha que ser analisada pelo médico, enquanto este já indica possíveis patologias que o paciente pode apresentar', explicou Atienza.

O investigador afirmou que o aparelho envia uma mensagem ao telefone celular do paciente se detectar algo errado, além de enviar um e-mail a seu médico com informações detalhadas. 'Ambos recebem a evolução do eletrocardiograma das últimas duas horas', precisou o pesquisador.

Desta forma, é possível descobrir anomalias cardíacas num estágio muito inicial, o que pode prevenir problemas maiores.

O dispositivo, batizado WBSN ('wireless body sensor network'), requer um modo de transmissão das informações padrão, que pode ser via GPS, 3G ou Bluethooth, e pode ser usado em celulares iPhone, Nokia e HTC.

Atienza contou que a eficácia do WBSN foi comprovada em 20 pacientes com problemas cardíacos e em mais cem pessoas, mas que antes de ser comercializado o aparelho precisa passar por mais uma etapa de estudos.

'O processo completo deve estar pronto em quatro ou cinco meses, porque já temos a tecnologia, que é o mais complicado', disse o cientista.

Seu lançamento no mercado, no entanto, pode demorar um pouco mais pois dependeria de decisões empresariais das companhias que já demonstraram interesse em comercializar o aparelho.

De acordo com Atienza, existem duas empresas interessadas em sua venda, e três companhias de saúde que pretendem comercializar o produto aos seus assegurados.

'Segundo meus cálculos, se forem fabricadas cinco mil unidades, o que é um número razoável de alcançar, o dispositivo poderia ser vendido por cerca de 50 euros', estimou o líder do estudo.EFE

sga/dk

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