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"Anúncios" russos no Facebook mostram esforço para dividir americanos

Havia anúncios colocados em páginas conservadoras do Facebook que alertavam sobre ataques à Polícia e sobre o perigo relacionado à migração

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 (Dado Ruvic/Reuters)

(Dado Ruvic/Reuters)

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AFP

Publicado em 11 de maio de 2018 às, 11h37.

Milhares de anúncios que teriam sido difundidos no Facebook e no Instagram pela empresa russa Internet Research Agency foram publicados nesta quinta-feira (10) por legisladores americanos para ilustrar o esforço que existiu para fomentar a raiva e a divisão na sociedade americana na eleição presidencial de 2016.

Os democratas da Comissão de Inteligência da Câmara de Representantes publicaram registros de mais de 3.000 anúncios que foram difundidos entre 2015 e 2017, que supostamente foram colocados pela empresa relacionada com o Kremlin, Internet Research Agency.

A sociedade com sede em São Petersburgo supostamente dissemina desinformação e propaganda política por meio da Internet e da mídia na Rússia, bem como em países onde Moscou quer ter influência política.

Os anúncios e mensagens mostram um padrão de ira entre diferentes grupos, encorajando o apoio o candidato presidencial Donald Trump e desencorajando a simpatia por sua adversária Hillary Clinton.

Havia anúncios colocados em páginas conservadoras do Facebook que alertavam sobre ataques à Polícia e sobre o perigo relacionado à migração, ou que ligavam ativistas negros a muçulmanos.

Contrariamente, também havia anúncios colocados em páginas de negros focados na brutalidade policial e em grupos supremacistas, muitas vezes vinculados a artigos que avivavam a fúria de membros da comunidade negra.

Alguns eram apenas engraçados ou curiosos, fazendo com que parecesse que foram criados para obter curtidas e direcionar os usuários para páginas que tinham mais conteúdo político.

Muitas publicações eram conhecidas, mas a base de dados publicada nesta quinta-feira dá uma ideia do esforço para dividir durante a campanha eleitoral.

"A única maneira com que podemos inocular contra futuros ataques é vendo em primeira mão o tipo de mensagens, temas e imagens que os russos usaram para nos dividir", assinalou o representante Adam Schiff, democrata do Comitê de Inteligência.

O Facebook indicou que os 3.000 anúncios estariam ligados a 470 "páginas e contas falsas", que foram fechadas.

A rede social anunciou em abril novas medidas, como especificar quem financia os anúncios políticos e verificar a sua identidade.

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