Paulo Bernardo: determinação é clara no sentido que "nenhuma decisão relativa à licitação da faixa de 700 MHz" será tomada enquanto replanejamento não estiver concluído (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2013 às 19h48.
Um ofício enviado pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ao presidente da Anatel, João Rezende, no último dia 30, mostra que o jogo pela faixa de 700 MHz poderá não ser tão simples como já davam como certo as empresas de telecomunicações.
No ofício, Paulo Bernardo determina que a Anatel não tome nenhuma decisão relativa à licitação da faixa de 700 MHz até que "estejam concluídos os trabalhos de replanejamento de canais do Plano Básico de Distribuição de Canais de Televisão Digital".
O objetivo do ministério é "garantir que cada entidade outorgada possua canal para transmissão/retransmissão de seus canais na tecnologia digital".
Além da orientação em relação a como proceder, a forma como a questão foi colocada pelo Minicom dá alguns indícios importantes. Por exemplo, que o ministério espera que também as retransmissoras possam ser acomodadas já nesse primeiro momento.
Outro aspecto interessante é que o ofício do ministério não dá chance para que a Anatel possa deliberar com uma acomodação parcial, apenas em algumas cidades.
A determinação é clara no sentido que "nenhuma decisão relativa à licitação da faixa de 700 MHz" será tomada enquanto o replanejamento não estiver concluído.
A expectativa de quem acompanha os trabalhos técnicos para esse replanejamento é de que isso levará mais pelo menos um mês e meio. Alguns casos, mais complicados, como Belo Horizonte, ainda estão sendo analisados e discutidos.