Amazon não abre o jogo sobre o início das operações no país
Durante evento, em São Paulo, executivo Russ Grandinetti palestrou sobre o mercado de livros eletrônicos, mas evitou revelar planos da operação no Brasil
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2012 às 23h25.
São Paulo - O segundo mais importante executivo da Amazon aproveitou a presença na 22º Bienal do Livro, em São Paulo, para tentar atenuar a resistência das editoras brasileiras ao livros digitais. Em palestra, Russ Grandinetti mostrou dados e afirmou que os principais concorrentes dos e-books são outros produtos digitais, como músicas e filmes, e não a versão impressa. Grandinetti evitou falar sobre detalhes do início de suas operações no Brasil, previsto por consultores do mercado de varejo para ocorrer até o final de 2012.
"Durante muitos anos, as pessoas enxergavam no livro digital um concorrente do impresso", afirmou o vice-presidente, alfinetando de forma sutil as editoras que não querem fechar acordos com a companhia para a distribuição de seus e-books. "O Kindle não é um gadget ou um dispositivo. O Kindle é um serviço", completou. "O e-book disputa espaço com músicas e filmes".
Grandinetti participou de uma palestra, onde contou a história do Kindle para cerca de 100 pessoas. Adiantou no início de sua fala não possuir qualquer detalhe adicional sobre a empresa no Brasil.
De acordo com os gráficos exibidos pelo porta-voz, a venda de e-books não comprometeu a comercialização dos livros tradicionais de forma global. O serviço, disponível em mais de 100 países do mundo, inclusive Brasil, também testemunhou um crescimento significativo na venda de obras em inglês em regiões onde a língua anglofônica é o segundo idioma. Os motivos são óbvios. O número de títulos em outras línguas ainda é ínfimo na grande biblioteca Amazon.
Questionado sobre o serviço de leitura automática dos livros (auto speech), e a adaptação do recurso para livros de outros idiomas, Grandinetti seguiu o protocolo Amazon: "Não temos nenhuma novidade", disse o executivo.
O braço direito de Jeff Bezos, dono da Amazon, aproveitou a oportunidade também para comentar tendências. Segundo o executivo, os jornais têm um grande desafio pela frente: encontrar uma solução rentável para a venda de seu conteúdo na rede. As revistas, contudo, não devem se preocupar. "Não acho que uma Vanity Fair enfrente problemas com a internet", afirma.
Grandinetti não falou com jornalistas ao final do evento, alegando não "querer estragar a surpresa". Também foi previsível ao citar seu último livro de cabeceira. "Cinqüenta Tons de Cinza!", respondeu o executivo, em tom de brincadeira, mostrando estar por dentro da moda literária.
São Paulo - O segundo mais importante executivo da Amazon aproveitou a presença na 22º Bienal do Livro, em São Paulo, para tentar atenuar a resistência das editoras brasileiras ao livros digitais. Em palestra, Russ Grandinetti mostrou dados e afirmou que os principais concorrentes dos e-books são outros produtos digitais, como músicas e filmes, e não a versão impressa. Grandinetti evitou falar sobre detalhes do início de suas operações no Brasil, previsto por consultores do mercado de varejo para ocorrer até o final de 2012.
"Durante muitos anos, as pessoas enxergavam no livro digital um concorrente do impresso", afirmou o vice-presidente, alfinetando de forma sutil as editoras que não querem fechar acordos com a companhia para a distribuição de seus e-books. "O Kindle não é um gadget ou um dispositivo. O Kindle é um serviço", completou. "O e-book disputa espaço com músicas e filmes".
Grandinetti participou de uma palestra, onde contou a história do Kindle para cerca de 100 pessoas. Adiantou no início de sua fala não possuir qualquer detalhe adicional sobre a empresa no Brasil.
De acordo com os gráficos exibidos pelo porta-voz, a venda de e-books não comprometeu a comercialização dos livros tradicionais de forma global. O serviço, disponível em mais de 100 países do mundo, inclusive Brasil, também testemunhou um crescimento significativo na venda de obras em inglês em regiões onde a língua anglofônica é o segundo idioma. Os motivos são óbvios. O número de títulos em outras línguas ainda é ínfimo na grande biblioteca Amazon.
Questionado sobre o serviço de leitura automática dos livros (auto speech), e a adaptação do recurso para livros de outros idiomas, Grandinetti seguiu o protocolo Amazon: "Não temos nenhuma novidade", disse o executivo.
O braço direito de Jeff Bezos, dono da Amazon, aproveitou a oportunidade também para comentar tendências. Segundo o executivo, os jornais têm um grande desafio pela frente: encontrar uma solução rentável para a venda de seu conteúdo na rede. As revistas, contudo, não devem se preocupar. "Não acho que uma Vanity Fair enfrente problemas com a internet", afirma.
Grandinetti não falou com jornalistas ao final do evento, alegando não "querer estragar a surpresa". Também foi previsível ao citar seu último livro de cabeceira. "Cinqüenta Tons de Cinza!", respondeu o executivo, em tom de brincadeira, mostrando estar por dentro da moda literária.