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Ex-funcionário do Silk Road conta como era trabalhar no site

Curtis Clark Green tem 47 anos e era administrador do Silk Road; homem foi o alvo de assassino de aluguel contratado por Ulbricht

green (Reprodução / Medium)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2013 às 10h19.

A corte de Baltimore recebeu nesta última semana um administrador da página Silk Road, que teve o fundador preso no último mês. Curtis Clark Green, de 47 anos, lidava diretamente com Ross Ulbricht – e também foi quem o Dread Pirate Roberts tentou eliminar ao contratar um assassino de aluguel.

Residente de uma pequena cidade em Utah, nos Estados Unidos, Green foi encontrado por agentes do Drug Enforcement Administration (DEA) e considerado culpado por venda de drogas. Mas além de falar à corte sobre Ulbricht, o ex-administrador – que trabalhou no Silk Road entre novembro de 2012 e janeiro de 2013 – contou parte de sua história ao jornalista Joshua Davies, que a publicou em um site da Epic Magazine.

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“Eu entrei no Silk Road porque estava interessado no Bitcoin e o site era o maior mercado que utilizava a moeda”, disse Green. A Davies, também contou que começou sua relação profissional com Ulbricht depois de participar dos fóruns no site. “Fazia basicamente o serviço de atendimento ao consumidor, ajudando as pessoas a usarem a página”, declarou, negando também ter se envolvido diretamente com as drogas comercializadas por lá.

Graças ao cargo, Green teve acesso a todas as mensagens trocadas entre usuários do Silk Road, além de detalhes de pagamentos e transações feitas. O ex-funcionário teve a casa “invadida” por agentes federais em janeiro deste ano, e só então ficou sabendo da tentativa de Ulbricht de matá-lo – até então, disse não ter conhecimento da real identidade do Dread Pirate Roberts e de nenhum outro usuário do Silk Road.

O depoimento é curto, já que os advogados de Green o impediram de se prolongar. Ele deve agora colaborar com os agentes norte-americanos na investigação relacionada ao mercado-negro virtual, de forma a reduzir sua pena – e de, talvez, aumentar a de Ulbricht, que fez sua primeira aparição em corte também nesta última semana e viu o site voltar à ativa.

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