Alckmin diz que São Paulo não tem falta de água
O objetivo é reduzir o ritmo de comprometimento do sistema, que tem registrado os mais baixos volumes da história
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2014 às 06h20.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse neste domingo, 9, em Tietê, interior paulista, que a redução no volume de água captado no Sistema Cantareira para abastecer a Grande São Paulo não vai deixar a população sem abastecimento.
Nesta segunda-feira, 10, o volume de água captado no sistema será reduzido dos atuais 31 mil litros por segundo para 27,9 mil litros por segundo. O objetivo é reduzir o ritmo de comprometimento do sistema, que tem registrado os mais baixos volumes da história - neste domingo, o nível divulgado pela Sabesp era de 16,1%.
A água liberada para as regiões de Piracicaba e Campinas também será reduzida de 4 para 3 mil litros por segundo.
Segundo Alckmin, o abastecimento na Grande São Paulo será garantido por outros reservatórios que estão em melhores condições. "Outros sistemas, especialmente o Guarapiranga e o Alto Tietê, vão atender bairros que deixarão de ser atendidos pelo Cantareira de forma a garantir o abastecimento."
Ele voltou a descartar medidas drásticas, como o rodízio ou racionamento e garantiu que não há falta de água em São Paulo e na maior parte do interior. "Não temos racionamento em nenhum município operado pela Sabesp em todo o Estado, inclusive no Cantareira."
O governador anunciou um reforço nas campanhas para economia de água a fim de reduzir ainda mais o consumo. Desde o início de fevereiro, os usuários que reduzem o consumo recebem um bônus na forma de desconto na conta de água. "Quero destacar a boa adesão da população que deu exemplo de uso racional da água e teve também o estimulo do bônus.
Só com a campanha e o bônus reduzimos o consumo em três mil litros por segundo." De acordo com a Sabesp, a redução foi de 2,4 mil litros por segundo. "Acho que nós podemos aumentar ainda mais o uso racional da água, chegando a uma economia de 4 mil litros por segundo", disse Alckmin.