Ainda não há relação direta entre audiência na TV e Twitter
Relação parece ocorrer apenas a partir dos 17 pontos na audiência, mas há pouco tempo de análise
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2013 às 11h02.
São Paulo - O Ibope ofereceu na manhã desta quinta-feira, 11, um workshop para imprensa, canais e anunciantes sobre o tema Social TV, trazendo alguns dados obtidos graças à parceria com a Qual Canal, startup que desenvolveu uma ferramenta para monitorar os comentários sobre programação de TV no Twitter em tempo real. Segundo Flávio Ferrari, sócio da Qual Canal, o Twitter foi a rede escolhida por ser a mais “real time” de todas que estão disponíveis.
Juliana Sawaia, gerente da área de learning & insights do Ibope Media, apresentou dados da pesquisa sobre social TV realizada em 2012, que deve ser atualizada em 2013: 96% dos internautas assiste TV regularmente; 41% dos que assistem televisão regularmente, têm Internet em seus lares; 43% assiste TV e usa Internet ao mesmo tempo; 29% desse público faz comentários simultâneos.
Matt Drinkwater, diretor de Mid Market do Twitter, afirmou que 50% dos usuários da plataforma a utilizam enquanto assistem TV e que os programas de televisão costumam ser um dos temas mais comentados na rede social, com 25% das menções. No Brasil, o executivo destacou a performance do “Domingão do Faustão”, um dos mais comentados, costuma ter entre 15 mil e 30 mil menções aos domingos. “Estamos conversando com todos os grupos de mídia sobre a possibilidade de esticar essas conversas”, conta Matt.
A equipe da Qual TV, que vem trabalhando no desenvolvimento de ferramentas para que tanto os canais de televisão quanto os anunciantes e agência possam relacionar o share no Twitter e o share de audiência das atrações para calibrar suas estratégias de programação e comunicação. Anderson Fér, sócio-fundador da startup, apresentou o indicador viral índex (VI), que é o potencial que o conteúdo tem de ser compartilhado. A Qual TV estabeleceu um quadro para classificar os programas em zonas quentes e frias e entender o potencial que cada uma delas tem na rede e potencializar a utilização. “A sugestão para anunciantes e agências é levar em conta o VI na hora de elaborar estratégias de campanha. Tudo é novo, mas é preciso aprender a conviver com essas métricas”, diz.
Aplicação
A Leo Burnett já usou com sucesso o VI para decidir uma ação de merchandising em novela, como conta o gerente de pesquisa de mídia da agência, Diego Ferreira. A agência usou o VI junto com os índices de alcance e audiência do programa. “É um número que eu não posso deixar de olhar”, explica o publicitário.
O analista do Ibope Media, José Calazans, disse que ainda não é possível estabelecer uma relação direta entre a repercussão no Twitter e a audiência na televisão porque há pouco tempo de análise (a equipe está há um mês analisando 30 programas e buscando as relações com o VI). “Por enquanto não há correlação. Somente a partir dos 17 pontos na audiência parece haver alguma correlação”, diz o analista.
Calazans destaca alguns achados. “Uma das descobertas é que a medida que o programa se desenrola, a vontade de comentar diariamente diminui. No minuto a minuto o número de menções cai”. Ele afirma que o Ibope continua se debruçando sobre os dados para descobrir outras relações. “O Twitter e a audiência podem não estar relacionados diretamente, mas as pessoas comentam por vários motivos diferentes, que são parecidas com a decisão de assistir a um programa. A correlação direta não é simples”, diz.
São Paulo - O Ibope ofereceu na manhã desta quinta-feira, 11, um workshop para imprensa, canais e anunciantes sobre o tema Social TV, trazendo alguns dados obtidos graças à parceria com a Qual Canal, startup que desenvolveu uma ferramenta para monitorar os comentários sobre programação de TV no Twitter em tempo real. Segundo Flávio Ferrari, sócio da Qual Canal, o Twitter foi a rede escolhida por ser a mais “real time” de todas que estão disponíveis.
Juliana Sawaia, gerente da área de learning & insights do Ibope Media, apresentou dados da pesquisa sobre social TV realizada em 2012, que deve ser atualizada em 2013: 96% dos internautas assiste TV regularmente; 41% dos que assistem televisão regularmente, têm Internet em seus lares; 43% assiste TV e usa Internet ao mesmo tempo; 29% desse público faz comentários simultâneos.
Matt Drinkwater, diretor de Mid Market do Twitter, afirmou que 50% dos usuários da plataforma a utilizam enquanto assistem TV e que os programas de televisão costumam ser um dos temas mais comentados na rede social, com 25% das menções. No Brasil, o executivo destacou a performance do “Domingão do Faustão”, um dos mais comentados, costuma ter entre 15 mil e 30 mil menções aos domingos. “Estamos conversando com todos os grupos de mídia sobre a possibilidade de esticar essas conversas”, conta Matt.
A equipe da Qual TV, que vem trabalhando no desenvolvimento de ferramentas para que tanto os canais de televisão quanto os anunciantes e agência possam relacionar o share no Twitter e o share de audiência das atrações para calibrar suas estratégias de programação e comunicação. Anderson Fér, sócio-fundador da startup, apresentou o indicador viral índex (VI), que é o potencial que o conteúdo tem de ser compartilhado. A Qual TV estabeleceu um quadro para classificar os programas em zonas quentes e frias e entender o potencial que cada uma delas tem na rede e potencializar a utilização. “A sugestão para anunciantes e agências é levar em conta o VI na hora de elaborar estratégias de campanha. Tudo é novo, mas é preciso aprender a conviver com essas métricas”, diz.
Aplicação
A Leo Burnett já usou com sucesso o VI para decidir uma ação de merchandising em novela, como conta o gerente de pesquisa de mídia da agência, Diego Ferreira. A agência usou o VI junto com os índices de alcance e audiência do programa. “É um número que eu não posso deixar de olhar”, explica o publicitário.
O analista do Ibope Media, José Calazans, disse que ainda não é possível estabelecer uma relação direta entre a repercussão no Twitter e a audiência na televisão porque há pouco tempo de análise (a equipe está há um mês analisando 30 programas e buscando as relações com o VI). “Por enquanto não há correlação. Somente a partir dos 17 pontos na audiência parece haver alguma correlação”, diz o analista.
Calazans destaca alguns achados. “Uma das descobertas é que a medida que o programa se desenrola, a vontade de comentar diariamente diminui. No minuto a minuto o número de menções cai”. Ele afirma que o Ibope continua se debruçando sobre os dados para descobrir outras relações. “O Twitter e a audiência podem não estar relacionados diretamente, mas as pessoas comentam por vários motivos diferentes, que são parecidas com a decisão de assistir a um programa. A correlação direta não é simples”, diz.