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Advogado quer proibir Pokémon na Índia por insulto a templos

"Encontrar ovos em templos hindus e jainistas é blasfêmia e, portanto, meu cliente pediu a proibição do jogo no país", explicou o advogado

Pokémon Go: "Encontrar ovos em templos hindus e jainistas é blasfêmia", explicou o advogado (Anthony Kwan/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de setembro de 2016 às 17h37.

Nova Delhi - Um tribunal do estado de Gujarat, na Índia , aceitou a denúncia de um advogado que pede a proibição do jogo Pokémon GO em todo o país pelo fato de alguns usuários mostrarem no celular a imagem de ovos do game em lugares sagrados onde é vetada a entrada de comida não vegetariana, informou a agência indiana "PTI".

"Encontrar ovos em templos hindus e jainistas é blasfêmia e, portanto, meu cliente pediu a proibição do jogo no país", explicou o advogado Nachiket Dave.

O argumento de seu cliente, Alay Anil Dave, é que os ovos não são considerados comida vegetariana, e qualquer alimento que não se encaixe desse padrão é visto como insulto dentro do templo.

Apesar disso, os ovos não são utilizados como comida no game, os usuários precisam andar diferentes distâncias para que um novo pokémon nasça.

A repercussão do caso nas redes sociais foi marcada pela ironia dos usuários em relação à rigidez de algumas pessoas com as crenças na Índia.

"Precisamos agora de uma versão segura para a religião, chamada Pokémon God (Deus)", propôs Ramesh Srivats no Twitter, que se define em seu perfil na rede social como "militante secular". Já a professora Harini Calamur afirmou que casos como este "dificultam a criação de um roteiro de comédia" sobre a Índia.

"Essa é a razão pela qual seremos considerados uma nação em desenvolvimento eternamente", comentou Akarshak Tanwar, que se define como viciado em jogos.

O tribunal de Gurajat deu quatro semanas para que a desenvolvedora do jogo, Niantic, e os governos regional e central se pronunciem sobre a denúncia recebida.

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"Encontrar ovos em templos hindus e jainistas é blasfêmia e, portanto, meu cliente pediu a proibição do jogo no país", explicou o advogado Nachiket Dave.

O argumento de seu cliente, Alay Anil Dave, é que os ovos não são considerados comida vegetariana, e qualquer alimento que não se encaixe desse padrão é visto como insulto dentro do templo.

Apesar disso, os ovos não são utilizados como comida no game, os usuários precisam andar diferentes distâncias para que um novo pokémon nasça.

A repercussão do caso nas redes sociais foi marcada pela ironia dos usuários em relação à rigidez de algumas pessoas com as crenças na Índia.

"Precisamos agora de uma versão segura para a religião, chamada Pokémon God (Deus)", propôs Ramesh Srivats no Twitter, que se define em seu perfil na rede social como "militante secular". Já a professora Harini Calamur afirmou que casos como este "dificultam a criação de um roteiro de comédia" sobre a Índia.

"Essa é a razão pela qual seremos considerados uma nação em desenvolvimento eternamente", comentou Akarshak Tanwar, que se define como viciado em jogos.

O tribunal de Gurajat deu quatro semanas para que a desenvolvedora do jogo, Niantic, e os governos regional e central se pronunciem sobre a denúncia recebida.

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