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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h48.
São Paulo - Depois das justificativas de Steve Jobs contra o uso do Flash em seus dispositivos móveis, o CEO da Adobe, Shantanu Narayen, defendeu sua plataforma declarando que a Apple está preocupada com a pluralidade de sua aplicação.
Em entrevista para o jornal The Wall Street Journal, Narayen disse que o ataque contra sua empresa é justificado porque seu software de aplicações, Creative Suite, foi projetado para trabalhar em várias plataformas, e não de modo exclusivo, como Jobs gostaria.
Expondo ter uma diferente visão de mundo", multiplataforma, Narayen afirmou, na conversa, que essa restrição da Apple será embaraçosa para os desenvolvedores que estão criando produtos para muitos dispositivos, pois, muito provavelmente, eles terão um trabalho dobrado: um fluxo para a Apple e outro para as demais plataformas.
Para o CEO da Adobe, todos os argumentos expostos pelo co-fundador da Apple não passaram de uma cortina de fumaça para encobrir as verdadeiras razões.
Não tem nada a ver com tecnologia, disse o chefe da Adobe ao jornal, refutando os argumentos de que o Flash é a causa do SO da Apple travar e que consumiria muito mais bateria do que qualquer outra aplicação.
Segundo Narayen, mais de cem aplicações que usaram a nova versão software da Adobe que previa uma adaptação para os dispositivos móveis da Apple - foram aceitas pela App Store, antes da empresa decidir restringir a linguagem de licenciamento.
Quando questionado sobre a afirmação de que a Adobe, de acordo com as palavras de Jobs, seria uma plataforma fechada, Narayen deu risada e disse que o argumento é divertido. E completou: Flash é uma especificação aberta.
Já no fim da conversa, mesmo com sentimento de rivalidade, Narayen expôs que acha o iPad uma grande inovação e uma boa primeira geração de tablet. Diz, no entanto, que a Adobe está, de fato, trabalhando com dezenas de projetos de tablets com outras empresas.