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Activision aposta que você quer assistir nerds jogando games

A maior criadora de videogames dos EUA está formando uma divisão na qual os jogadores de videogame competem entre si por prêmios diante de plateias

Homem joga videogame com óculos de realidade virtual: coordenação de eventos tornará os eventos “mais atraentes de assistir”, diz a empresa (innovatedcaptures/Thinkstock)

Homem joga videogame com óculos de realidade virtual: coordenação de eventos tornará os eventos “mais atraentes de assistir”, diz a empresa (innovatedcaptures/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2015 às 18h11.

A Activision Blizzard Inc., maior criadora de videogames dos EUA, está formando uma divisão direcionada ao negócio de eSports, de rápido crescimento, na qual os jogadores de videogame competem entre si por prêmios diante de plateias ao vivo e on-line.

A iniciativa será liderada por Steven Bornstein, ex-CEO da NFL Network e da ESPN, e por Mike Sepso, um dos fundadores da rede de eSports on-line Major League Gaming, segundo um comunicado distribuído nesta quinta-feira pela Activision, que tem sede em Santa Mônica, na Califórnia.

O CEO da Activision, Bobby Kotick, vê uma oportunidade para criar um novo negócio esportivo global, não muito diferente dos grandes esportes.

Em agosto, a Amazon.com Inc. fechou acordo para a compra da Twitch Interactive Inc. por US$ 970 milhões, incorporando uma rede on-line de vídeos focada nos jogadores.

“Há muitas oportunidades para distribuição de difusão”, disse Kotick, em entrevista.

A coordenação de eventos para a lista crescente de jogos da Activision nas esferas local, nacional e internacional atrairá mais patrocinadores e tornará os eventos “mais atraentes de assistir”, disse Kotick.

Durante anos, a empresa realizou torneios, como a convenção anual BlizzCon, programada para o mês que vem, em Anaheim, na Califórnia.

Nos eventos de eSports, os participantes se enfrentam em torneios de jogos como League of Legends, da Riot Games, Dota 2, da Valve Corp., e Call of Duty, da Activision, e muitos deles são transmitidos pela internet ou pela televisão.

O negócio teve origem na Coreia do Sul, onde os canais de TV Ongamenet e MBC Game, dedicados ao tema, transmitem regularmente as competições programadas, segundo um relatório do dia 5 de outubro da corretora Robert W. Baird Co.

US$ 1 bi

O ramo de eSports, que atualmente atrai cerca de 200 milhões de espectadores em todo o mundo, poderia se transformar em um negócio de US$ 1 bilhão por volta de 2020, segundo a Baird. O montante é maior que o de US$ 300 milhões deste ano.

As propagandas e os patrocínios são as principais fontes de receita, seguidas pelas vendas de ingresso e pelo merchandise. Entre as produtoras de jogos, os torneios também aumentam o reconhecimento e as compras de seus produtos.

Nos EUA, as competições de eSports aparecem na rede Twitch, da Amazon, e também nos canais do YouTube, da Google. A Turner Broadcasting, uma divisão da Time Warner Inc., informou no mês passado que transmitirá competições na emissora TBS nas noites de sexta-feira a partir do ano que vem. O primeiro torneio apresentará o jogo de combate Counter-Strike: Global Offensive, da Valve.

Filhos foram inspiração

Bornstein disse que sua decisão de focar nesse negócio, em vez dos esportes tradicionais, foi parcialmente baseada em seus próprios filhos de 11 anos, que jogam Destiny, um game lançado pela Activision, e assistem eSports.

“Existem muitas entidades grandes nesse ramo”, disse Bornstein, em entrevista. “Agora é hora de tentar descobrir como focar nele e torná-lo maior”.

A convenção BlizzCon, agora em seu 10o ano, levará cerca de 26.000 fãs ao Anaheim Convention Center, onde será realizada, nos dias 6 e 7 de novembro. Os ingressos custam US$ 199, e a transmissão on-line, US$ 40. Os torneios oferecem US$ 4 milhões em prêmios.

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