Tecnologia

Academia de programação criada pela Apple no Brasil ganha espaço nos EUA

Escola de programação que nasceu no Brasil ganha dois novos campi pelo mundo

Apple: curso de desenvolvimento da empresa concebido no Brasil ganha dois novos campi (MediaNews Group/Bay Area News/Getty Images)

Apple: curso de desenvolvimento da empresa concebido no Brasil ganha dois novos campi (MediaNews Group/Bay Area News/Getty Images)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 13 de maio de 2021 às 07h00.

Antes dos bootcamps e escolas de programação serem um fenômeno no Brasil, a Apple já apostava no ensino no país. A empresa criou por aqui, em 2013, a Apple Developer Academy, um programa de ensino de desenvolvimento de código e programação.

O modelo foi expandido posteriormente para outros países, como Itália e Indonésia, e chegou na quarta-feira, 12, aos Estados Unidos e Coreia do Sul pela primeira vez. A primeira unidade americana está localizada na cidade de Detroit.

O curso foca em desenvolvimento no ecossistema Apple, especialmente para aplicativos mobile, e tem uma metodologia própria, desenvolvida pela empresa, que propõe que o aprendizado seja feito com base em desafios aos alunos, que tem prazos para pensar, desenvolver e apresentar produtos. Dentro dos desafios, há o que a Apple chama de "mini desafios", para trazer aos alunos capacidades mais finas em design de aplicativo, codificação, entendimento de mercado e condução de entrevistas, por exemplo.

A primeira turma da academia da Apple foi formada em 2012, na PUC-PR em Curitiba, e hoje o curso pode ser realizado em 9 cidades de diversas regiões no Brasil. De lá para cá, mais de 4.000 alunos se formaram no programa, fundando mais de 100 startups e com 5 pedidos de registro de patentes. Os cursos têm duração de 10 a 12 para quem busca maior aprofundamento no tema, ou de 30 dias, em um módulo com noções básicos no desenvolvimento de apps.

Um dos primeiros alunos da Apple Developer Academy no Brasil, Arthur Motelevicz entrou no universo da programação aos 27 anos, após uma carreira como músico. Ele decidiu cursar engenharia e, durante o curso, se inscreveu para a primeira turma da academia da Apple. Passou 3 anos aprendendo a programar e desenvolver junto à empresa. Depois fundou com dois amigos a Opala Studios, especializada no desenvolvimento de apps de música.

A empresa uniu as paixões de música e programação de Motelevicz. Hoje o estúdio desenvolve os aplicativos Super Pads, feito para desenvolvimento musical e DJs. A Opala Studios acumula mais de 80 milhões de downloads em seus apps na loja da Apple. Dos 27 funcionários da empresa, boa parte são ex-alunos do curso.

"Essa proximidade com o programa nos deixa privilegiados em ter o contato com os talentos que são criados lá. Sabemos da dificuldade que é encontrar gente talentosa, e da dificuldade que é manter", afirma Motelevicz que acredita que a metodologia adotada forma profissionais capacitados e preparados para enfrentar desafios muito comuns no mercado de trabalho. "Queremos gente com sangue no olho, mas precisamos mostrar como empresa que eles vão crescer. Tem que ser algo bom para ambos os lados".

 

 

Acompanhe tudo sobre:AppleEscolasiMaciPhoneProgramadores

Mais de Tecnologia

Google pode ter que vender Chrome para reduzir monopólio no mercado de buscas; entenda

Conheça a Lark: a nova aposta da ByteDance para produtividade no Brasil

O homem mais rico da Ásia anuncia planos para robôs humanoides em 2025

Gigante do TikTok, ByteDance atinge valor de US$ 300 bilhões, diz WSJ