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7 empresas ameaçadas pelo Google

Keep, app lançado hoje pelo Google, é um forte rival do consagrado Evernote. Confira outros casos nos quais a gigante das buscas ameaçou concorrentes de menor porte

Google: empresa anunciou hoje o lançamento de um novo serviço que irá concorrer diretamente com o Evernote, o Keep (REUTERS/Mark Blinch)

Gabriela Ruic

Publicado em 21 de março de 2013 às 17h52.

São Paulo – Em mais um lançamento que atraiu a atenção do público, o Google anunciou na manhã desta quinta-feira um novo serviço chamado Keep. Seu objetivo é o de assumir o papel de caderno de anotações, ideias e referências, permitindo que o usuário adicione ainda gravações de áudio, vídeo, além de imagens ao conteúdo armazenado. Ou seja, o Keep nada mais é que um grande rival de outro consagrado serviço, o Evernote.

Ainda é cedo para dizer que sim, o Keep irá afundar o Evernote e dominar a categoria de apps de produtividade. Fato é que o aplicativo já está disponível para download gratuito, o que significa que está na Google Play para ficar.

Mas esta não é a primeira vez, e não será a última, que a gigante das buscas se aventura em negócios até então dominados por outras empresas, geralmente de porte muito menor em relação ao seu. Confira abaixo outros episódios nos quais a companhia de Sergey Brin e Larry Page lançou serviços com o potencial para esmagar a concorrência:

Dropbox x Google Drive

Lançado em abril do ano passado, o Google Drive desembarcou no mercado oferecendo preços competitivos em relação a concorrência, e, por consequência, ao Dropbox, outro consagrado serviço de armazenamento na nuvem, lançado em 2008. Enquanto o app do Google oferece até 5 GB de armazenamento gratuito, o Dropbox oferece apenas 2 GB.

A startup fundada por Drew Houston e Arash Ferdowsi, contudo, não se deixou intimidar. Ao invés de lançar promoções desesperadas ou novos planos, optaram por manter tudo como estava: os preços continuaram os mesmos e, ao que tudo indica a quantidade de usuários também.

TomTom x Google Maps

A famosa fabricante de serviços de navegação, TomTom, é outra que tem o poderoso Google como rival. A empresa conta com aparelhos de GPS e também apps, disponíveis tanto para iOS quanto para Android, mas que custam em torno 50 dólares na App Store ou mais de 90 reais na Google Play.

Ao contrário do Dropbox, contudo, a competição com o serviço gratuito do Google afetou os números da empresa. De acordo com a Reuters, apenas em 2011, a empresa perdeu 15 % de participação no mercado de navegação pessoal e amargou uma queda de 29% nos seus lucros. A saída? Tentar firmar parcerias com montadoras para que caminhões e automóveis saiam das fábricas já equipados com os sistemas de navegação da TomTom.


Foursquare x Google Latitude

No início do ano passado, foi a vez da startup Foursquare conhecer um rival desenvolvido pela equipe do Google, o Google Latitude. Lançado inicialmente em 2009, o serviço foi revitalizado e incluído ao Maps após uma atualização em 2012.

Na ocasião, foram então incorporadas funcionalidades similares às oferecidas pelo Foursquare: possibilidade de check-in e pontos, mas sem a emoção de ver quem assume uma prefeitura ou tem uma maior quantidade de badges.

Expedia x Google Flights

Em 2011, o Google acertou a compra de uma empresa chamada ITA Software, simplesmente a maior empresa de fornecimento de dados de empresas aéreas. O resultado da compra foi o Google Flights, serviço que agrega e compara passagens aéreas em diversos lugares do mundo.

O lançamento enfureceu a indústria de sites de viagens, que inclui, além do Expedia, nomes como o Kayaak e Orbitz, por exemplo. De acordo com o jornal Wall Street Journal, o Google logo foi atacado por suas rivais. As alegações davam conta de que estaria disponibilizando os resultados do seu serviço em posições privilegiadas nos resultados das buscas.


Groupon x Google Offers

Outro negócio no qual o Google está presente para incomodar a concorrência é o das compras coletivas. Ainda não disponível fora dos Estados Unidos, o Google Offers é a aposta da empresa para bater serviços como o Groupon. Apesar de ainda não estar disponível no Brasil, a ideia inicial era a de disponibilizar o Offers globalmente.

O site Business Insider, na ocasião do lançamento do serviço do Google, lembrou alguns pontos que o colocam em vantagem em relação ao que é oferecido por outros rivais, como o próprio Groupon. Os principais, explicou o site, é o fato de que a empresa conta com mais de 1 bilhão de usuários no mundo inteiro e ainda tem em mãos o Gmail, através do qual é possível obter acesso ao perfil de milhares de pessoas e suas localizações.

Buscapé x Google Shopping

As repercussões dos novos serviços lançados em âmbito mundial pelo Google também respingam no Brasil. Um exemplo é a confusão envolvendo o Buscapé, site de comparação de preços, e o Google Shopping, versão do Google de serviço similar, que acabou na justiça por vontade do Buscapé.

A empresa brasileira acusa o Google de práticas discriminatórias. Ou seja, alega que os americanos privilegiam a posição do seu serviço em seus resultados em detrimento aos dos concorrentes. No processo, o Buscapé ainda visa o ressarcimento por perdas e danos sofridos por conta da suposta prática desleal. Ainda em tramitação, as decisões na justiça brasileira têm sido favoráveis ao Google, pelo menos até o momento.

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São Paulo – Em mais um lançamento que atraiu a atenção do público, o Google anunciou na manhã desta quinta-feira um novo serviço chamado Keep. Seu objetivo é o de assumir o papel de caderno de anotações, ideias e referências, permitindo que o usuário adicione ainda gravações de áudio, vídeo, além de imagens ao conteúdo armazenado. Ou seja, o Keep nada mais é que um grande rival de outro consagrado serviço, o Evernote.

Ainda é cedo para dizer que sim, o Keep irá afundar o Evernote e dominar a categoria de apps de produtividade. Fato é que o aplicativo já está disponível para download gratuito, o que significa que está na Google Play para ficar.

Mas esta não é a primeira vez, e não será a última, que a gigante das buscas se aventura em negócios até então dominados por outras empresas, geralmente de porte muito menor em relação ao seu. Confira abaixo outros episódios nos quais a companhia de Sergey Brin e Larry Page lançou serviços com o potencial para esmagar a concorrência:

Dropbox x Google Drive

Lançado em abril do ano passado, o Google Drive desembarcou no mercado oferecendo preços competitivos em relação a concorrência, e, por consequência, ao Dropbox, outro consagrado serviço de armazenamento na nuvem, lançado em 2008. Enquanto o app do Google oferece até 5 GB de armazenamento gratuito, o Dropbox oferece apenas 2 GB.

A startup fundada por Drew Houston e Arash Ferdowsi, contudo, não se deixou intimidar. Ao invés de lançar promoções desesperadas ou novos planos, optaram por manter tudo como estava: os preços continuaram os mesmos e, ao que tudo indica a quantidade de usuários também.

TomTom x Google Maps

A famosa fabricante de serviços de navegação, TomTom, é outra que tem o poderoso Google como rival. A empresa conta com aparelhos de GPS e também apps, disponíveis tanto para iOS quanto para Android, mas que custam em torno 50 dólares na App Store ou mais de 90 reais na Google Play.

Ao contrário do Dropbox, contudo, a competição com o serviço gratuito do Google afetou os números da empresa. De acordo com a Reuters, apenas em 2011, a empresa perdeu 15 % de participação no mercado de navegação pessoal e amargou uma queda de 29% nos seus lucros. A saída? Tentar firmar parcerias com montadoras para que caminhões e automóveis saiam das fábricas já equipados com os sistemas de navegação da TomTom.


Foursquare x Google Latitude

No início do ano passado, foi a vez da startup Foursquare conhecer um rival desenvolvido pela equipe do Google, o Google Latitude. Lançado inicialmente em 2009, o serviço foi revitalizado e incluído ao Maps após uma atualização em 2012.

Na ocasião, foram então incorporadas funcionalidades similares às oferecidas pelo Foursquare: possibilidade de check-in e pontos, mas sem a emoção de ver quem assume uma prefeitura ou tem uma maior quantidade de badges.

Expedia x Google Flights

Em 2011, o Google acertou a compra de uma empresa chamada ITA Software, simplesmente a maior empresa de fornecimento de dados de empresas aéreas. O resultado da compra foi o Google Flights, serviço que agrega e compara passagens aéreas em diversos lugares do mundo.

O lançamento enfureceu a indústria de sites de viagens, que inclui, além do Expedia, nomes como o Kayaak e Orbitz, por exemplo. De acordo com o jornal Wall Street Journal, o Google logo foi atacado por suas rivais. As alegações davam conta de que estaria disponibilizando os resultados do seu serviço em posições privilegiadas nos resultados das buscas.


Groupon x Google Offers

Outro negócio no qual o Google está presente para incomodar a concorrência é o das compras coletivas. Ainda não disponível fora dos Estados Unidos, o Google Offers é a aposta da empresa para bater serviços como o Groupon. Apesar de ainda não estar disponível no Brasil, a ideia inicial era a de disponibilizar o Offers globalmente.

O site Business Insider, na ocasião do lançamento do serviço do Google, lembrou alguns pontos que o colocam em vantagem em relação ao que é oferecido por outros rivais, como o próprio Groupon. Os principais, explicou o site, é o fato de que a empresa conta com mais de 1 bilhão de usuários no mundo inteiro e ainda tem em mãos o Gmail, através do qual é possível obter acesso ao perfil de milhares de pessoas e suas localizações.

Buscapé x Google Shopping

As repercussões dos novos serviços lançados em âmbito mundial pelo Google também respingam no Brasil. Um exemplo é a confusão envolvendo o Buscapé, site de comparação de preços, e o Google Shopping, versão do Google de serviço similar, que acabou na justiça por vontade do Buscapé.

A empresa brasileira acusa o Google de práticas discriminatórias. Ou seja, alega que os americanos privilegiam a posição do seu serviço em seus resultados em detrimento aos dos concorrentes. No processo, o Buscapé ainda visa o ressarcimento por perdas e danos sofridos por conta da suposta prática desleal. Ainda em tramitação, as decisões na justiça brasileira têm sido favoráveis ao Google, pelo menos até o momento.

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