Exame Logo

68% das empresas latinas são vulneráveis, diz Kaspersky

São Paulo – As empresas da América Latina são bastante vulneráveis na parte de segurança digital. É o que constata um estudo feito pela empresa de antivírus Kaspersk,...

Vírus (Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h27.

São Paulo – As empresas da América Latina são bastante vulneráveis na parte de segurança digital. É o que constata um estudo feito pela empresa de antivírus Kaspersk, com cerca de três mil profissionais de TI de 22 países.

Segundo o estudo, 68% das empresas da América latina – incluem-se nesta lista as brasileiras – já tiveram a infraestrutura de TI infectada por malware, como vírus e spyware, e ataques sofisticados, que visam o roubo de dados.

Veja também

O problema, diz o estudo, atinge empresas de todos os tamanhos, incluindo os grandes conglomerados que investem milhões em tecnologia para proteger dados estratégicos e de clientes. “E acontece porque a cultura de segurança da informação no Brasil e nos países latinos é tratada como assunto não importante por empresários e grandes executivos”, afirma Fabio Assolini, analista sênior de malware da Kaspersky,

De acordo com a Kaspersky, 63% das pequenas empresas analisadas no estudo enfrentaram problemas de TI causados por malware nos últimos 12 meses. O problema se repetiu em 60% das médias empresas.

Nos dois nichos, os problemas de segurança são causados por conta de brechas em programas desatualizados, sistemas de proteção piratas ou configurações fracas no ambiente de rede.

Segundo o estudo da Kaspersky, as empresas de menor porte não se preparam para evitar problemas de segurança na infraestrutura tecnológica. E costumam reagir aos ataques somente depois que eles acontecem.

As grandes empresas, geralmente, conseguem barrar o ataque de malware mais simples, como vírus de computador. Contudo, explica a Kaspersky, não ficam livres de ataques sofisticados. Os hackers e crackers usam avançadas técnicas para invadir as redes dessas empresas e causar danos sérios, como o roubo de dados – que são vendidos no mercado negro ou repassados aos concorrentes.

Segundo Assolini, há uma razão para tanto despreparo. E ela está na legislação da maioria desses países: “As leis brasileiras, por exemplo, não punem as empresas que são invadidas e perdem dados de seus clientes”, diz. “Nos países europeus e nos Estados Unidos, uma empresa que perde dados, por exemplo, deve ir ao mercado anunciar o que aconteceu para evitar uma penalidade alta”.

Nessas empresas, os ataques geralmente são do tipo DDoS, phishing e por códigos maliciosos avançados que permitem o acesso remoto de servidores e desktops. Para evitá-los, as corporações não precisam apenas de sistemas avançados, mas também de conscientização dos funcionários.

Acompanhe tudo sobre:INFO

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Tecnologia

Mais na Exame