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6 exemplos de como usar computação cognitiva

Medicina, finanças, engenharia, atendimento ao consumidor. Conheça seis empresas que já utilizam ou estudam a tecnologia

Inteligência artificial: sistemas como o Watson, da IBM, já são usados em diversas empresas para aprimorar atendimento e fornecer novos serviços
DR

Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2016 às 20h25.

Por permitir uma inovadora forma de aprendizado, a computação cognitiva, usada em sistemas como o Watson, da IBM, pode soar como uma tecnologia do futuro. Isso porque esse sistema de inteligência artificial é capaz de compreender e aprender com a linguagem natural e com textos, imagens e outros dados não estruturados, aqueles que ainda não foram convertidos para a linguagem tradicional das máquinas.

Algoritmos sofisticados permitem ainda a análise de uma quantidade massiva de dados, para gerar insights e soluções. E isso é coisa do presente. Já existem muitas empresas, em diversas áreas, que utilizam a computação cognitiva.

Conheça, a seguir, seis desses exemplos.

Atendimento no Bradesco
Um dos grandes potenciais dos sistemas cognitivos é sua capacidade de trabalhar com linguagem natural, em seus diversos idiomas, como o português. O sistema aprende a sintaxe da língua e pode diferenciar até pequenas variações idiomáticas e sotaques.

Assim, torna-se fluente, graças a seus avançados algoritmos de aprendizado. O sistema pode chegar a um nível de fluência tão sofisticado que se torna capaz de interagir com clientes no atendimento por telefone, por exemplo.

É isso o que o Bradesco está testando. O banco fez uma parceria com a IBM em que o Watson, em um primeiro momento, foi treinado e está respondendo a dúvidas para gerentes de agências por meio de um chat interno e, posteriormente, ajudará os atendentes a responder às perguntas dos correntistas.

“O sistema vai auxiliar o atendente a tratar melhor nossos clientes”, diz Marcelo Camara, gerente do departamento de pesquisa e inovação tecnológica do Bradesco, em entrevista  a EXAME.com. Hoje, o Watson está em operação em 700 agências e tem respostas para mais de 50 000 perguntas sobre mais de 15 produtos do Bradesco.

Fitness e saúde na Under Armour
Fundada em 1996, a Under Armour é uma empresa americana de roupas e materiais esportivos que investe pesado em tecnologia. Possui uma série de aplicativos para smartphones e aparelhos que fazem a leitura de informações biométricas para ajudar na rotina de treinos de seus usuários, com dados como gasto de caloria, alimentação e tempo de sono.

É aí que entra a computação cognitiva. A empresa anunciou, na feira de eletrônicos CES deste ano, que o Watson fará a análise dos dados registrados no seu principal aplicativo, o UA Record.

Assim, os usuários vão ganhar novas possibilidades de insights sobre sua condição física e poderão compará-la à de outros integrantes da comunidade do app. O Watson utilizará sua capacidade de interpretar dados para orientar o usuário sobre quais caminhos usar para otimizar seu desempenho fitness e melhorar sua saúde.

Combate ao câncer no Memorial Sloan Kettering
Pioneiro no tratamento de câncer nos Estados Unidos, o Memorial Sloan Kettering Cancer Center está na fronteira do uso da tecnologia para o combate à doença, que matou 8,2 milhões de pessoas em 2012. Por conta de sua natureza mutante e diversificada, cada tumor é único e o tratamento também precisa ser planejado de forma única.

Isso pode representar um desafio enorme para os médicos, mas não para o Watson, que consegue utilizar sua capacidade imensa de processar grandes volumes de informação para gerar novos insights.

“Nosso papel é o de professores do Watson. Assim como ensinaríamos um oncologista trainee, treinamos o sistema. Inserimos informações sobre como nossos médicos tratam os pacientes e muita literatura médica”, diz Mark Kris, médico chefe do departamento de computação cognitiva do Memorial Sloan Kettering.

Com base em milhões de páginas de literatura, o sistema é capaz de sugerir possíveis tratamentos. “Isso transformará todo médico no mais experiente do mundo naquele problema específico”, diz Larry Norton, chefe do departamento de câncer de mama do hospital. O Watson atua como um assistente superinteligente, dotado de um vasto conhecimento que pode ser utilizado para ajudar os médicos até nos casos mais complicados.

Ajuda a engenheiros na Engeo
Assim como ocorre na medicina, a computação cognitiva pode ajudar outros profissionais a tomarem melhores decisões no trabalho. A empresa Engeo, que tem escritórios nos Estados Unidos e na Nova Zelândia, tem feito isso por seus engenheiros.

A empresa tem alimentado o Watson com informações fundamentais sobre engenharia e infraestrutura, que podem ser acessadas por profissionais ao redor do mundo, inclusive em países em desenvolvimento e em áreas atingidas por desastres naturais. Os engenheiros podem, assim, obter respostas com base na análise de uma variedade imensa de dados, o que seria difícil sem um sistema informatizado e inteligente.

Turismo eficiente na startup WayBlazer
Onde quer que estejam as perguntas difíceis, a computação cognitiva pode ajudar a respondê-las. Mesmo se a questão for cotidiana, como: “Onde encontrar um bom lugar para jantar com três crianças em São Paulo, que tenha boas opções vegetarianas e esteja nas proximidades de uma estação de metrô?”, sistemas como o Watson conseguem cruzar uma vasta base de informações e oferecer respostas com alto grau de precisão.

A startup americana WayBlazer está utilizando a computação cognitiva para isso. Especializada em roteiros de viagem, a startup oferece a outras empresas de turismo, como redes de hotéis e companhias aéreas, um serviço de recomendação altamente segmentado.

Assim, quando um cliente faz uma pesquisa em seus websites, as palavras-chave são processadas pelo Watson, que usa sua capacidade de entender linguagem natural para oferecer uma série de opções, muito mais efetivas.

Novos serviços financeiros no Citigroup
Grandes empresas prestadoras de serviços financeiros, como o Citigroup, armazenam uma vasta quantidade de dados sobre transações e características dos clientes.

Como usar esses dados para oferecer insights que facilitam a vida dos correntistas, além de novos produtos e maneiras de interagir com os clientes? O Citigroup está experimentando os potenciais da computação cognitiva para isso.

“No Citi, desenvolvemos constantemente novas formas de atender melhor nossos clientes”, afirma Don Callahan, chefe de operações e tecnologia. “Agora, estamos trabalhando para repensar e redesenhar as várias maneiras como nossos consumidores interagem com dinheiro. Vamos explorar a tecnologia do Watson para prover serviços novos e seguros em torno de suas vidas, cada vez mais digitais.”

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Por permitir uma inovadora forma de aprendizado, a computação cognitiva, usada em sistemas como o Watson, da IBM, pode soar como uma tecnologia do futuro. Isso porque esse sistema de inteligência artificial é capaz de compreender e aprender com a linguagem natural e com textos, imagens e outros dados não estruturados, aqueles que ainda não foram convertidos para a linguagem tradicional das máquinas.

Algoritmos sofisticados permitem ainda a análise de uma quantidade massiva de dados, para gerar insights e soluções. E isso é coisa do presente. Já existem muitas empresas, em diversas áreas, que utilizam a computação cognitiva.

Conheça, a seguir, seis desses exemplos.

Atendimento no Bradesco
Um dos grandes potenciais dos sistemas cognitivos é sua capacidade de trabalhar com linguagem natural, em seus diversos idiomas, como o português. O sistema aprende a sintaxe da língua e pode diferenciar até pequenas variações idiomáticas e sotaques.

Assim, torna-se fluente, graças a seus avançados algoritmos de aprendizado. O sistema pode chegar a um nível de fluência tão sofisticado que se torna capaz de interagir com clientes no atendimento por telefone, por exemplo.

É isso o que o Bradesco está testando. O banco fez uma parceria com a IBM em que o Watson, em um primeiro momento, foi treinado e está respondendo a dúvidas para gerentes de agências por meio de um chat interno e, posteriormente, ajudará os atendentes a responder às perguntas dos correntistas.

“O sistema vai auxiliar o atendente a tratar melhor nossos clientes”, diz Marcelo Camara, gerente do departamento de pesquisa e inovação tecnológica do Bradesco, em entrevista  a EXAME.com. Hoje, o Watson está em operação em 700 agências e tem respostas para mais de 50 000 perguntas sobre mais de 15 produtos do Bradesco.

Fitness e saúde na Under Armour
Fundada em 1996, a Under Armour é uma empresa americana de roupas e materiais esportivos que investe pesado em tecnologia. Possui uma série de aplicativos para smartphones e aparelhos que fazem a leitura de informações biométricas para ajudar na rotina de treinos de seus usuários, com dados como gasto de caloria, alimentação e tempo de sono.

É aí que entra a computação cognitiva. A empresa anunciou, na feira de eletrônicos CES deste ano, que o Watson fará a análise dos dados registrados no seu principal aplicativo, o UA Record.

Assim, os usuários vão ganhar novas possibilidades de insights sobre sua condição física e poderão compará-la à de outros integrantes da comunidade do app. O Watson utilizará sua capacidade de interpretar dados para orientar o usuário sobre quais caminhos usar para otimizar seu desempenho fitness e melhorar sua saúde.

Combate ao câncer no Memorial Sloan Kettering
Pioneiro no tratamento de câncer nos Estados Unidos, o Memorial Sloan Kettering Cancer Center está na fronteira do uso da tecnologia para o combate à doença, que matou 8,2 milhões de pessoas em 2012. Por conta de sua natureza mutante e diversificada, cada tumor é único e o tratamento também precisa ser planejado de forma única.

Isso pode representar um desafio enorme para os médicos, mas não para o Watson, que consegue utilizar sua capacidade imensa de processar grandes volumes de informação para gerar novos insights.

“Nosso papel é o de professores do Watson. Assim como ensinaríamos um oncologista trainee, treinamos o sistema. Inserimos informações sobre como nossos médicos tratam os pacientes e muita literatura médica”, diz Mark Kris, médico chefe do departamento de computação cognitiva do Memorial Sloan Kettering.

Com base em milhões de páginas de literatura, o sistema é capaz de sugerir possíveis tratamentos. “Isso transformará todo médico no mais experiente do mundo naquele problema específico”, diz Larry Norton, chefe do departamento de câncer de mama do hospital. O Watson atua como um assistente superinteligente, dotado de um vasto conhecimento que pode ser utilizado para ajudar os médicos até nos casos mais complicados.

Ajuda a engenheiros na Engeo
Assim como ocorre na medicina, a computação cognitiva pode ajudar outros profissionais a tomarem melhores decisões no trabalho. A empresa Engeo, que tem escritórios nos Estados Unidos e na Nova Zelândia, tem feito isso por seus engenheiros.

A empresa tem alimentado o Watson com informações fundamentais sobre engenharia e infraestrutura, que podem ser acessadas por profissionais ao redor do mundo, inclusive em países em desenvolvimento e em áreas atingidas por desastres naturais. Os engenheiros podem, assim, obter respostas com base na análise de uma variedade imensa de dados, o que seria difícil sem um sistema informatizado e inteligente.

Turismo eficiente na startup WayBlazer
Onde quer que estejam as perguntas difíceis, a computação cognitiva pode ajudar a respondê-las. Mesmo se a questão for cotidiana, como: “Onde encontrar um bom lugar para jantar com três crianças em São Paulo, que tenha boas opções vegetarianas e esteja nas proximidades de uma estação de metrô?”, sistemas como o Watson conseguem cruzar uma vasta base de informações e oferecer respostas com alto grau de precisão.

A startup americana WayBlazer está utilizando a computação cognitiva para isso. Especializada em roteiros de viagem, a startup oferece a outras empresas de turismo, como redes de hotéis e companhias aéreas, um serviço de recomendação altamente segmentado.

Assim, quando um cliente faz uma pesquisa em seus websites, as palavras-chave são processadas pelo Watson, que usa sua capacidade de entender linguagem natural para oferecer uma série de opções, muito mais efetivas.

Novos serviços financeiros no Citigroup
Grandes empresas prestadoras de serviços financeiros, como o Citigroup, armazenam uma vasta quantidade de dados sobre transações e características dos clientes.

Como usar esses dados para oferecer insights que facilitam a vida dos correntistas, além de novos produtos e maneiras de interagir com os clientes? O Citigroup está experimentando os potenciais da computação cognitiva para isso.

“No Citi, desenvolvemos constantemente novas formas de atender melhor nossos clientes”, afirma Don Callahan, chefe de operações e tecnologia. “Agora, estamos trabalhando para repensar e redesenhar as várias maneiras como nossos consumidores interagem com dinheiro. Vamos explorar a tecnologia do Watson para prover serviços novos e seguros em torno de suas vidas, cada vez mais digitais.”

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