Tecnologia

5 perguntas para o diretor de engenharia do Google Fotos

Aravind Krishnaswamy talvez seja o diretor de engenharia perfeito para o Google Fotos. Além de desenvolvedor, ele é apaixonado por fotografia

Google: app Fotos usa mecânica de inteligência de máquina para ajudar (foto/Getty Images)

Google: app Fotos usa mecânica de inteligência de máquina para ajudar (foto/Getty Images)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 26 de fevereiro de 2018 às 05h55.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2018 às 05h55.

São Paulo – Aravind Krishnaswamy talvez seja o diretor de engenharia perfeito para o Google Fotos. Além de desenvolvedor, ele é apaixonado por fotografia.

O site EXAME conversou com o desenvolvedor sobre recursos atuais, o futuro do app e a relação das pessoas com a foto.

A conversa foi editada e simplificada para maior compreensão.

*

Site EXAME: Como você é uso de machine learning, um termo em alta na tecnologia, no Google Fotos?

Aravind Krishnaswamy: Nós construímos o Google Fotos com inteligência de máquina na sua base. De uma perspectiva de software, podemos usar machine learning para ajudar o usuário a fazer coisas que não sabia ser possível. Nós trouxemos inteligência ao compartilhamento, com as sharing libraries.

A nossa filosofia é pegar uma atividade com a qual se gasta tempo com as fotos e ver como um computador poderia auxiliar. Se você olhar para essas coisas, nós atacamos antes as coisas mais simples.

Mas qual seria um uso não óbvio então?

Nós lançamos um produto de livro de fotos físico. Por ora temos somente nos Estados Unidos, mas estamos pensando em como espalhar para outros lugares do mundo. É um exemplo de área na qual estamos olhando a trazendo inteligência de máquina para resolver problemas lá.

Outro uso é em uma função que temos desde o início, o editor interno do Google Fotos. Nós paramos para pensar e não queríamos que as alterações fossem as mesmas para as fotos, que são diferentes entre si. Então é uma área na qual investimos tempo para aplicar a inteligência de máquina para que as fotos pudessem parecer melhores do que antes. É um recurso no qual estamos trabalhando há anos e fazendo melhorias constantes.

Você acha que o Google Fotos ajuda em devolver valor às fotos, já que hoje se tira mais fotos do que nunca?

Eu acho que as pessoas tiram fotos por uma razão, para produzir uma memória ou para compartilhar um momento especial. Nós queremos ajudar as pessoas a lembrar desses momentos. Podemos voltar no tempo e encontrar uma memória incrível desse mesmo dia em outro ano. Nós fazemos isso também ao deixar as fotos melhores, o que ajuda as pessoas a compartilhar esse material.

Qual seria o cenário utópico para você se não houvesse nenhuma limitação técnica? Eu tirar uma foto sua nessa conferência de vídeo e, mesmo sem ter seu contato, você receber essa foto?

Eu acho que seria alguma coisa perto disso mesmo. Em última instância, seria ter certeza que todo mundo que estivesse na foto ou que participasse tivesse acesso a ela. Mas, se você tirou uma foto, temos de ter certeza que você está confortável que essa foto chegue a outra pessoa. Acho que a utopia seria fazer com que as fotos chegassem a quem deveriam chegar, mas que ao mesmo tempo essas pessoas tivessem conhecimento do que está acontecendo.

Você algum desses cenários que discutimos mudando com vídeos ou com a chegada de realidade virtual?

Nós vemos os vídeos de uma forma bem similar ou próxima de fotos. Você tem alguns desafios técnicos, como arquivos mais pesados. O vídeo às vezes tem pedaços irrelevantes, como sobras de movimentos ou segundos entre o início de gravação e o início da ação. Mas fundamentalmente, acho que os vídeos são o mesmo, comunicam um evento, um humor—fundamentalmente são o mesmo.

Com realidade virtual e realidade aumentada, acho que são experiências de consumo. À medida que chegarem, teremos adaptações. O Fotos tem suporte para o Daydream [realidade virtual do Google]. Mas ainda vejo mais como uma experiência de consumo.

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