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´3G não é para substituir banda larga fixa´, diz associação

Crescimento exponencial de uso do 3G tem comprometido qualidade dos serviços. Tendência explica cancelamento recente de pacotes ilimitados de dados da operadora TIM

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h48.

São Paulo - A tecnologia de banda larga móvel 3G apresentou crescimento de 81% no total de assinantes em toda a América no primeiro trimestre de 2010, segundo a 3G Americas, associação setorial que representa as empresas GSM de tecnologia. Hoje são 22 milhões de assinantes na América e a expectativa é que a marca chegue a 32 milhões até o final do ano. No final de 2009, eram 15 milhões.

Porém o crescimento não vem acompanhado de satisfação do consumidor, que frequentemente se queixa da qualidade do sinal e da velocidade de tráfego. Para Erasmo Rojas, diretor da 3G Americas para a América Latina, o problema é a expectativa que os clientes têm em relação ao serviço.

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"O usuário precisa entender que, neste momento, o 3G é um complemento à conexão fixa, e não uma substituição a ela", aponta ele. "Enfrentamos uma situação onde os assinantes estão usando a rede para baixar conteúdos que ela não está preparada para suportar, como vídeos e músicas em grande volume", completa ele.

A constatação pode ser comprovada por números. Segundo a 3G Americas, no Estado de São Paulo, maior base de clientes do país, 42% dos assinantes acessam a rede por meio de modems conectados a notebooks e desktops. Outros 58% acessariam por meio de smartphones.

No Brasil, os números se alteram: 75% acessam a rede móvel por meio smartphones, contra 25% via modems. Em provável resposta aos heavy users, a TIM extinguiu recentemente seus pacotes de dados ilimitados. O modelo deve ser copiado por outras operadoras em breve.

Melhorias a curto prazo?

Segundo Rojas, a curto prazo, as operadoras devem adotar a tecnologia HSPA Plus a fim de melhorar a qualidade das conexões. Com isso, a velocidade de tráfego ficaria entre 3 e 5 Mbps, em vez do usual 1 Mbps, ofertado pelo padrão HSPA atualmente.

No início do mês, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou alterações no regulamento sobre as condições de uso de radiofrequências nas faixas de 2.170 MHz a 2.182 MHz e de 2.500 MHz a 2.690 MHz. Atualmente, essas faixas são utilizadas para a prestação de serviços de comunicação multimídia e TV por assinatura via MMDS (Serviço de Distribuição de Sinais Multiponto Multicanais).

Com as mudanças, as faixas também poderão ser usadas também para telefonia fixa e móvel. Do total de 190 MHz disponível na faixa de 2,5 GHz, as operadoras de celular devem ficar com 140 MHz. A proposta é que a partir de 2013, um ano antes da Copa do Mundo, o país já ofereça a tecnologia de acesso móvel 4G.

No mês passado, a Colômbia foi o primeiro país sul-americano a realizar o leilão das frequências para a nova geração de banda larga móvel. Segundo a 3G Américas, a previsão para 2014 é que 83% dos usuários de internet móvel acessem a rede via HSPA; 10% via CDMA, 4% via LTE (Long Term Evolution), e 3% via WiMax.

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