20 coisas que a ciência já descobriu sobre os cachorros
Da personalidade dos donos às emoções dos bichinhos, veja 20 descobertas da Ciência sobre o melhor amigo do homem
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2014 às 07h02.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h50.
Leais, carinhosos, divertidos. Estas são algumas das qualidades atribuídas aos cães. Presentes em diversas casas ao redor do mundo, estes animais também chamam a atenção da Ciência. A seguir, reunimos algumas das curiosidades já descobertas sobre o melhor amigo do homem.
Os cães também sentem ciúmes. Pelo menos, é o que aponta um estudo realizado pela cientista Christine Harris, da Universidade da Califórnia. Num experimento com 36 animais, ela constatou que cachorros procuraram seus donos duas vezes mais quando eles estavam com cães de pelúcia do que quando interagiam com outro brinquedo ou com um livro.
Por contarem com apenas dois tipos de célula para distinguir as cores, os cães enxergam menos colorações que os humanos. A descoberta foi feita por Jay Beitz, cientista da Universidade de Washington. Na prática, é como se os cachorros enxergassem como pessoas daltônicas.
Testes mostraram que alguns tipos de cachorro são capazes de compreender até 150 palavras. Segundo o estudo de cientistas canadenses da Universidade da Colúmbia Britânica, a inteligência de um animal desse tipo é equivalente a de uma pessoa com dois anos e meio de idade.
Passar um tempo no canil pode ser divertido para alguns cachorros. A descoberta consta em estudo divulgado pela publicação Physiology & Behavior. Para chegar a essa conclusão, uma equipe de veterinários ingleses analisou os parâmetros de stress relativos a 29 cães submetidos a essa situação.
Está provado: ter cachorro faz bem à saúde. A especialista em enfermagem da Universidade do Missouri Rebecca Johnson constatou, num estudo, que pessoas acima de 60 anos que caminhavam com cães passaram a andar 28% mais rapidamente do que aquelas que andavam com outras pessoas. Redução da pressão arterial e melhora da saúde mental foram outros benefícios notados.
Quanto mais um cão é atencioso a um adulto, mais esse adulto se importará com ele. Porém, o mesmo não se repete entre crianças - que adoram os bichinhos de qualquer jeito. Essa curiosa relação foi relatada em um estudo realizado por Christy Hoffman, do Canisius College - que envolveu a análise de 60 famílias com cachorro.
Um estudo com 600 universitários desenvolvido pela psicóloga Denise Guastello, da Universidade de Carroll, nos EUA, apontou diferenças de personalidade entre donos de cães e donos de gatos. Os primeiros seriam mais extrovertidos e menos inteligentes do que os últimos.
Cães mais dóceis vivem mais tempo, segundo um trabalho realizado por biólogos da Universidade de Quebec. Para o estudo, foram analizadas 56 raças diferentes. De acordo com os cientistas, cães mais agressivos crescem mais rapidamente, gastam mais energia e morrem mais cedo.
Cães podem ser capazes de detectar o câncer de próstata. A constatação é de um estudo produzido pela Associação Americana de Urologia. A habilidade foi comprovada num experimento no qual os animais identificaram amostras de urina de homens com a doença com taxa de 98% de acerto.
Conviver com cães é bom para crianças com autismo, segundo estudo assinado por Gretchen Carlisle, da Universidade do Missouri. Após entrevistar 70 pais com filhos autistas, a cientista constatou que, em 94% dos casos, a presença de um cachorro ajudou no tratamento da doença.
Num experimento realizado com 14 cães e seus donos por pesquisadores do Barnard College de Nova York, ficou provado que a cara de culpado que cachorros fazem após serem acusados de alguma coisa é só uma reação à bronca. No teste, tanto cães que cumpriram quanto outros que descumpriram uma regra imposta fizeram a clássica expressão após terem sido acusados pelos cientistas de infrigir a norma.
Quando alguém fala, um cachorro pode entender. Foi o que provou um experimento realizado com 24 cães pelo Instituto Max Planck, da Alemanha. Na experiência, os animais conseguiram localizar comida oculta a partir da direção para a qual um cientista projetasse sua voz (o que não aconteceu quando cães usaram só o faro para isso).
Assim como em humanos, um problema genético causa o albinismo em cães. A descoberta é fruto de um estudo envolvendo 40 cães realizado por veterinários da Universidade do Michigan, nos EUA. Da mesma forma que pessoas albinas, cães com o problema não contam com pouca ou nenhuma pigmentação nos olhos, pele e cabelo.
Um artigo publicado por cientistas húngaros na publicação Current Biology após experimentos envolvendo 11 cães e 22 pessoas mostrou que os cérebros de cachorros e humanos reagem da mesma forma diante de sons como risadas, choros e vozes. Isso pode explicar a capacidade dos animais de se sintonizarem às nossas emoções.
Chega a 53% o número de cães acima do peso nos EUA. O número é da Associação para Prevenção da Obesidade em Animais Domésticos. Assim como entre humanos, quilinhos a mais podem agravar diabetes e outras doenças que acometem os animais.
Winnie, da raça dachshund, é o primeiro cachorro do Reino Unido a ter sido clonado. Realizada pela empresa sul-coreana Sooam Biotech, a clonagem custou mais de 100 mil dólares. Células de Winnie foram introduzidas em outra dachshund, geraram um embrião e depois foram implantadas numa barriga de aluguel canina.
Em sua pesquisa de mestrado na USP, o engenheiro Renato Nogueirol Lobo desenvolveu uma técnica que permite que o pelo resultante da tosa de poodles seja usado para compor um tecido muito parecido com a lã. No futuro, a novidade pode ser usada para fazer roupas para cachorros.
Num estudo divulgado pela publicação The American Naturalist, os biólogos Abby Drake e Chris Klingenberg constataram que a variação do formato do cérebro entre 106 raças de cães era tão grande quanto entre diferentes espécies de carnívoras. Isso seria reflexo da diversidade dos cães.
Realizado em parceria pelas universidades de Duisburg-Essen e de Praga, um estudo divulgado pela publicação inglesa Frontiers in Zoology mostrou que cães se alinham em função do campo magnético da Terra para fazer cocô e xixi. No levantamento, foram analisados cerca de 7 mil dados de 70 raças diferentes fornecidos por 37 donos de cães.
Cachorros reagem de maneira diferente em função do lado que outros cães balançam seus rabos. Um estudo com 43 animais realizado pela Universidade de Trento provou isso. No experimento, cachorros que viram vídeos de cães movendo a cauda para o lado esquerdo ficaram mais estressados do que outros - que foram expostos a imagens de cães balançando o rabo para o lado direito.