10 produtos para transformar sua sala em um cinema
Separamos os principais gadgets para ajudar você a exibir filmes com experiência de cinema sem sair de casa
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2012 às 11h38.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h21.
São Paulo - Com criatividade, espaço suficiente e os equipamentos corretos, o sonho de transformar sua sala em um cinema pode ficar mais próximo da realidade. Três elementos essenciais começam a se tornar mais acessíveis ao consumidor brasileiro: projetores domésticos, centrais multimídia e aparelhos de som. Com a quantidade de lúmens necessária para gerar imagens de qualidade durante a noite ou em salas escuras, os projetores portáteis e voltados ao consumidor comum se rechearam de recursos como alto-falantes, conexões e até leitores de DVD. Além disso, as centrais multimídia, que agregam todo o conteúdo da rede em uma interface amigável para a TV (ou no caso o projetor), já são fáceis de encontrar. Instalando um projetor a 3 metros da parede é possível gerar uma tela de até 80 polegadas com qualidade, aproveitando os codecs de vídeo do media center para exibir seus filmes e séries, ou até mesmo acessar serviços de streaming como Netflix, YouTube, etc. Para os que pensam em substituir a TV por algo mais “cinematográfico”, o INFOlab separou 10 produtos. Divididos entre projetores, centrais multimídia e home theaters, há opções de alto desempenho, portáteis e com boa relação entre custo e benefício.
Com um corpo bastante compacto, o Qumi Q2-W é um projetor ideal para quem está sempre em movimento. Medindo 15,7 por 3,34 por 10,27 centímetros, ele traz conexões miniHDMI, múltipla (com adaptador D-Sub), P2 AV, USB e leitor para cartões microSD. Além de ser compacto, o Q2-W tem uma lâmpada de 300 lúmens capaz de gerar imagem de até 82 polegadas, como mencionado acima. Compatível com arquivos Microsoft Office, esse gadget pode cuidar de reuniões e palestras sem muito esforço. Os comandos são feitos por um pequeno controle remoto infravermelho, ou mesmo pelos botões na carcaça do aparelho. Para fazer uma apresentação o controle traz um ponto inconveniente. O sensor infravermelho foi instalado na parte traseira do Q2-W, obrigando o palestrante a ficar do lado oposto da projeção se quiser controlar a apresentação pelo remoto.
Além do tamanho reduzido, o que chama atenção nesse projetor é a independência. Com várias conexões, ele não necessita de um PC para funcionar. O aparelho armazena e exibe apresentações, vídeos e documentos direto de um cartão micro SD ou da sua memória interna de 4 GB. Durante 1 hora e 48 minutos de projeção, ele dispensa até a tomada. Não precisa de cabos de conexão para transferir arquivos ou navegar na internet. A operação de todos esses recursos é feita por uma tela sensível ao toque. Um problema: alguns desses botões são muito pequenos. O MP180 é o carro-chefe da 3M no campo dos projetores portáteis e, como tal, supera seus irmãos menores em resolução e luminosidade. As imagens projetadas pelo pequeno aparelho têm 800 x 600 pixels, um número que, se não coloca o MP180 entre os picoprojetores de maior resolução, pelo menos é o suficiente para garantir apresentações com linhas bem definidas. O único porém do SVGA é que a proporção de imagem que ele implica (4:3) não é tão ampla quanto a que estamos acostumados. Em outras palavras, você provavelmente ficará satisfeito com o aspecto dos slides de PowerPoint projetados pelo MP180, mas essa sensação pode não repetir ao projetar um filme.
Um projetor sempre deve ser avaliado, principalmente, pelos seus recursos de imagem. Nesse quesito, a resolução nativa de 540p e a luminosidade de 2000 lumens do Presenter L não chegam a impressionar, mas são adequados para apresentações. Por outro lado, essas limitações são compensadas por outros aspectos, como a boa conectividade, que inclui até um drive CD/DVD, e o surpreendente som emitido pelos alto-falantes de 10 watts. Com uma potência de 200 watts, a lâmpada possui uma vida útil de 3000 horas, que pode ser estendida para 4000 horas com o uso do modo econômico. Esses são valores medianos, mas poderiam ser maiores, especialmente no modo econômico. O Presenter L é capaz de produzir imagens com uma taxa de contraste razoável de 2000:1.
Discreto e dono de um sistema bem acabado, o WD TV Plus é uma solução de mídia que cabe na palma da mão(12,6 x 10 x 4 cm). Assim como seu antecessor, o WD TV Live, a principal função do WD TV Live Plus é reproduzir arquivos de vídeos, fotos e músicas armazenados no seu HD através da rede cabeada, tarefa que o aparelho desempenha sem problemas. O “Plus” do nome se refere à adição de mais serviços de streaming online, capitaneados pelo Netflix. O crescimento do Live Plus em relação à versão anterior pode até parecer uma soma irrisória a primeira vista, mas o quadro muda de figura quando nos perguntamos que motivos levam alguém a comprar um media center. Uma das respostas é a conveniência de possuir uma plataforma que suporta um grande número de formatos de mídia. As TVs atuais têm avançado nesse aspecto, mas a maioria delas ainda não comtempla todas as formas que a flora de codecs assume na internet. Desse modo, os media centers ainda são a melhor aposta na hora de encontrar um solo fértil para aquele MKV com áudio em FLAC que contém o seu show favorito. Nesse ponto, o Live Plus cumpre seu papel. Conseguimos reproduzir filmes nos formatos AVI (DivX e XviD), MKV, M2TS, M4V, MOV, MPEG-1, MPEG-2, MP4, MTS, TP, FLV e WMV. No caso dos vídeos em MKV e AVI, as legendas embutidas aparecem sem problemas. Também ouvimos música em WAV, AAC, AC3, FLAC, OGG, AIFF, WMA, PCM e MP3. Quanto às imagens estáticas, o aparelho reconheceu PNG, TIFF, JPG, BMP e GIF.
Se você está satisfeito com a imagem da sua TV, mas sente falta das funções típicas de uma SmartTV, o media player Boxee Box, da D-Link, resolve a questão sem a troca do televisor. Conectado por HDMI, o aparelho envia para a tela vídeos armazenados em pen drives, HDs externos, cartões de memória e PCs da rede doméstica e exibe conteúdo online, por meio de aplicativos e de um navegador com suporte a Flash. Os menus do Boxee Box são bem amigáveis. Prático, o controle remoto tem duas faces: uma com os botões de reprodução e outra com um teclado semelhante ao do PC. Mas até o usuário descobrir a melhor forma de segurá-lo, são comuns os esbarrões nas teclas da traseira do lado em uso. A agilidade da resposta na tela aos comandos é notável. A compatibilidade com formatos de vídeo também é excelente. No INFOlab, ele rodou todos os arquivos em 1080p testados pelas portas USB e por Wi-Fi. Os pontos negativos são o preço elevado e a falta de conteúdo online nacional. Segundo a D-Link, Saraiva Digital, Terra TV Video Store e Globo Digital devem estrear em breve no Boxee Box. Enquanto esses serviços não chegam, o usuário provavelmente vai utilizar o Boxee Box principalmente como um reprodutor de mídia off-line, e nesse aspecto ele manda muito bem. Há suporte para uma ampla lista de codecs de vídeo e áudio, incluindo até mesmo RMVB e FLAC. O aparelho também é capaz de ler os formatos de imagem PNG, JPG, BMP, GIF e TIFF. É difícil encontrar um arquivo de mídia popular que o Boxee Box não reconheça.
Esse home theater 4.1 da LG é o primeiro lançado no país com conexões sem fio para transmitir o som para as caixas e o subwoofer. É o fim dos cabos? Ainda não totalmente. As duas torres traseiras de alto-falantes funcionam ligadas por fio a um receptor que precisa de alimentação elétrica. As duas torres frontais e o subwoofer possuem receptor wireless embutido, mas também exigem fonte de energia. Contando a unidade central com o leitor de Blu-ray 3D, Wi-Fi embutido e conexões de áudio e vídeo, o aparelho precisa de cinco tomadas. A falta da caixa de som central para a voz, comum em sistemas 5.1, não prejudica. Nos testes do INFOlab, ele apresentou potência e qualidade de som muito boas. Os graves do subwoofer ativo causam impacto nas cenas de ação. O modelo também mandou bem na reprodução de arquivos de vídeo pela USB e pela rede. Quantificando a força do HB966TRW, temos quatro caixas de 200 watts auxiliadas por um subwoofer que tem seu próprio amplificador de 200 watts. A caixa responsável pelos graves é especialmente potente, o que aumenta a sensação de envolvimento nas cenas dos filmes. Um cômodo de tamanho médio é facilmente inundado com o som desse home theater, apesar do número relativamente reduzido de caixas.
Básico do básico, esse home theater de 5.1 canais da Sony reproduz a trilha sonora de DVDs proporcionando boa sensação de envolvimento, mas sem uma distinção muito clara entre sons médios e agudos. O visual dos menus e a execução de vídeos pela USB deixam um pouco a desejar. Nos testes, rodou apenas DivX e XviD, em baixa definição. Além da já mencionada mistura de tons, o DAV-TZ135 também não é dos mais potentes. O sistema é composto por 4 caixas de som periféricas de 35 W, uma central de 80 W e um subwoofer passivo de 80 W, totalizando 300 W. A consequência disso é um som mais baixo que o da média dos home theaters. Por outro lado, ele não deixa de ser bem mais potente que outros sistemas de áudio, como microsystems e docks para MP3. O subwoofer desse home theater cumpre muito bem seu papel, mantendo um nível de grave consistente tanto nas músicas como nos filmes. Embora não chegue a ser ruim, o desempenho do DAV-TZ135 nas frequências mais altas não acompanha esse grau de qualidade. O som de uma janela quebrando em um filme, por exemplo, não é reproduzido detalhadamente.
Quem já embarcou na onda do 3D e faz do iPod ou do iPhone sua fonte de diversão musical encontra atrativos no SC-BTT270. Ele reproduz Blu-ray 3D, converte filmes em 2D para três dimensões e possui uma esperta base frontal retrátil para encaixar o iPod. Com filmes, o som ouvido no INFOlab foi alto, com bons agudos, diálogos claros, mas um pouco aquém do ideal no detalhamento. Ele manda muito bem nos agudos. Já os graves aparecem, mas não chegam a espantar. A reprodução de vídeos pela porta USB rola com DivX, XviD e MKV (sem exibição de legendas) em 1080p. A conexão com a rede é só por cabo. O SC-BTT270 é um sistema 5.1 suficientemente potente para competir com alguns sistemas 7.1 mais avançados. O total de 1000 watts se distribui por cinco caixas de 160 watts e um subwoofer de 200 watts. O subwoofer em questão é passivo, ou seja, compartilha o amplificador com os outros alto-falantes. Subwoofers ativos têm mais liberdade para reproduzir graves extremamente profundos sem drenar o desempenho do resto do sistema. Ainda assim, a força do SC-BTT270 é o bastante para envolver uma sala média com som. Outro ponto interessante é o fato de que um de seus decodificadores, o 7.1ch Virtual Surround Effect, simula um sistema de 7 caixas de som.