Nesta semana, o Google agitou o mercado de smartphones divulgando algumas novidades sobre o seu primeiro aparelho com peças intercambiáveis. Com isso, seria possível trocar componentes do seu celular quando eles quebram ou até mesmo fazer um upgrade de câmera ou processador, por exemplo. Leia a seguir dez fatos sobre o novo projeto do Google que tem data de estreia marcada para 2015.

O Project Ara surgiu na Motorola depois que um vídeo que apresentava um conceito chamado de Phonebloks fez sucesso na internet no ano passado. O criador do projeto, Dave Hakkens, foi chamado pela fabricante para tornar o smartphone modular realidade, por meio de uma parceria.

O Google anunciou recentemente que o primeiro produto do Project Ara será vendido em janeiro de 2015 e custará 50 dólares, cerca de 110 reais. A empresa planeja também uma edição topo de linha do smartphone que custará 500 dólares, aproximadamente 1.100 reais.

O smartphone mais básico do Project Ara deve ser muito barato, mas também muito limitado. Ele será, praticamente, somente a carcaça chamada de Endo com uma tela, conexão Wi-Fi, sistema Android e nada de câmeras ou sequer comunicação de operadoras por meio de um chip. Mas é possível melhorá-lo com módulos.

O sistema Android ainda não está adaptado para um hardware modular e isso deve ser resolvido pelo Google em breve. “É verdade que o Android não suporta atualmente um hardware dinâmico. Mas a boa notícia é que nós somos o Google”, disse o líder do projeto, Paul Eremenko.

Ao menos inicialmente, o aparelho do Project Ara não será voltado para o grande público. O smartphone modular deve ser adotado primeiramente por desenvolvedores, fabricantes de módulos e entusiastas de tecnologia. Isso porque os acessórios de personalização ainda precisam ser desenvolvidos.

O Google acredita que o Project Ara fará pelo hardware o mesmo que o Android fez pelo software. Essencialmente, a ideia da empresa é que pequenas companhias ou startups possam produzir módulos para o aparelho, causando assim uma grande mudança na forma como os consumidores se relacionam com os seus smartphones atualmente. O nível de personalização, neste cenário, seria elevado.

O primeiro smartphone Ara não deve agradar os fãs da linha Samsung Galaxy Note. Ele terá um tamanho similar ao do iPhone 5s ou to Galaxy S5. Ou seja, entre quatro e cinco polegadas de display.

Os módulos ficarão presos à carcaça Endo por imãs eletropermanentes. Quando ligados, ele grudam todos os componentes do aparelho, deixando-o sólido. Já desligados, eles permitem que as peças sejam trocadas livremente. Os módulos não precisam de carga constante e serão criados a partir de código open source MDK que foi divulgado recentemente.

O Google terá sua própria loja de módulos para os aparelhos da linha Ara. Será possível comprar componentes como atualmente os internautas compram aplicativos na Google Play.

O primeiro protótipo do smartphone modular do Google será apresentado em setembro deste ano. A prévia mostrada nesta semana ainda não contém a tecnologia de união eletropermanente.