Agência do BB: cobertura de morte por covid-19 vale para novos contratos desde que cliente não tenha doenças pré-existentes (Divulgacao/Divulgação)
Marília Almeida
Publicado em 31 de março de 2020 às 14h50.
Última atualização em 15 de abril de 2020 às 16h06.
Mundialmente os seguros de vida e prestamista (que garantem o pagamento de financiamentos e dívidas em caso de morte e invalidez) não costumam cobrir pandemias como a do novo coronavírus. Isso porque o risco desses cenários costuma ser alto. Mas, diante da comoção atual, algumas seguradoras estão passando a cobrir mortes pelo vírus. É o caso de Itaú Seguros, Zurich Santander e BB Seguros.
O Itaú Unibanco decidiu, em um primeiro momento e por liberalidade, não aplicar a exclusão da covid-19 da cobertura de morte em seus seguros de vida. A medida vale para os clientes com contratos em dia e que cumpram as demais condições contratuais, mesmo após a doença ter sido declarada uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O Itaú reforça que a medida pode ser revista a qualquer momento e que está à disposição dos clientes para eventuais dúvidas.
A Zurich Santander também decidiu indenizar as possíveis ocorrências relacionadas à pandemia para os clientes com apólices vigentes dos seguros de vida, habitacional, prestamista, acidentes pessoais e viagem, embora os produtos excluam a cobertura para eventos dessa natureza. "Os sinistros serão analisados de acordo com os procedimentos já existentes, observando as regulações do setor e também o momento atípico que estamos vivendo”, disse a seguradora em nota.
A BB Seguros decidiu que garantirá, excepcionalmente, o pagamento integral das indenizações de seguro de vida (individual e em grupo) e de seguro prestamista no caso de mortes confirmadas por covid-19. As indenizações serão garantidas tanto para apólices vigentes quanto para novas contratações desde que os novos clientes não possuam doenças pré-existentes.
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O banco digital Agibank lançou, em parceria com a seguradora Generali, um seguro de vida com cobertura que contempla morte natural e acidental, o que também inclui ocorrências de óbito por covid-19. A proteção tem baixo custo de aquisição e oferece, sem carência, o valor de 150 reais para compra de medicamentos em farmácias para cada consulta de emergência realizada.
O seguro tem como objetivo cobrir riscos previsíveis. É com base nessa previsibilidade que é possível precificar o seguro e cobrar um prêmio. Portanto, pandemia e catástrofes naturais são coberturas geralmente excluídas de apólices, segundo Márcio Coriolano, presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg).
Mas em alguns momentos as cláusulas são revistas como forma de dar conforto à população. "Contudo, isso pode variar conforme o contrato e é uma decisão de cada seguradora, que tem de arcar com o aumento dos riscos e fiscalização."